Em pesquisa da DataFolha, uma possível corrida presidencial sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) coloca Jair Bolsonaro como mais apontado à presidência. Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckimin (PSDB) e Luciano Hulck (sem partido) disputariam uma vaga num segundo turno contra Bolsonaro.
O levantamento foi realizado nos dias 29 e 30 de janeiro e mostra que o ex-presidente manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto. No entanto, sua permanência na disputa pela presidência é incerta, já que sua candidatura pode ser barrada pela Lei da Ficha Limpa.
Bolsonaro aparece em primeiro lugar no principal cenário sem Lula, com 18% de intenção de votos.
Marina lidera o segundo pelotão, com 13%. Em seguinda aparecem os candidatos: Ciro Gomes com 10%, Alckmin com 8% e Huck também com 8%.
O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios.
Bolsonaro parou de crescer nas pesquisas de intenção de voto, desde novembro. Ele oscilou negativamente em todos os quadros apresentados na pesquisa.
Foram publicadas reportagens que revelaram que o patrimônio da família de Bolsonaro triplicou, desde que o mesmo ingressou no cenário político. Além disso, o deputado também recebe auxílio moradia da Câmara, sendo que o mesmo é proprietário de um apartamento em Brasília.
A pesquisa mostra que o ex-presidente Lula conserva força eleitoral, mesmo após sua condenação em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lula lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. No segundo turno, venceria Alckmin (49% a 30%) e Marina (47% a 32%), além de Bolsonaro.
A condenação de Lula pode torná-lo inelegível, mas sua participação na campanha depende de uma decisão do TSE que só deve ocorrer em setembro. Até lá, ele pode se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para garantir seu nome na disputa.
O percentual de eleitores que diz não saber em quem votar ou que votaria em branco ou nulo sobe de 16% para 28% quando o ex-presidente não é um dos candidatos.