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POLÍTICA

Vale-tudo eleitoral

O deputado estadual Lucas Ca­lil (PSL) foi convidado para trocar de sigla e disputar a reeleição por ou­tra legenda mais forte e com maior densidade eleitoral. As propostas tentadoras surgem de diferentes agremiações partidárias e têm por objetivo agregar o potencial políti­co do jovem deputado ao volume já consolidado pela sigla.

Ele é uma das vedetes do mer­cado do voto que se descortina em ano de eleições gerais como 2018. Calil está em seu primeiro manda­to e despontou como revelação na Assembleia Legislativa. Ele não es­conde que foi convidado por líde­res de três partidos diferentes para ingressar em suas frentes .quando a legislação permitir.

“Sabemos que haverá uma jane­la permitindo a movimentação en­tre partidos sem que exista o risco de perda de mandato sob alegação de infidelidade partidária. A ideia é apro­veitaressemomentoparadefinirmos uma estratégia de médio e longo pra­zoquenospermitaumaprojeçãopo­lítica maior“, explica o deputado.

Vários partidos já sondaram a possibilidade de o deputado Lu­cas Calil migrar para suas frentes. O Partido Progressista foi o primeiro a propor uma mudança para Lucas e seu grupo político e alguns detalhes adicionais favorecem essa corte dos progressistas. A principal base po­lítica do deputado, Inhumas, é ad­ministrada pelo prefeito Abelardo Vaz, também do PP e parceiro po­lítico de Lucas Calil. Sua mudança para a sigla teria a facilidade de pro­jeção maior dentro do esquema do PP para os próximos anos.

Outra legenda que assediou Lu­cas Calil foi o PSD, presidido no Esta­do pelo secretário Vilmar Rocha e que apresentou proposta publicamen­te. Lucas ficou tentado pelos agrados oferecidos pelo PSD a ponto de co­gitar mudar antes mesmo da janela eleitoral de abril. A vantagem é que a direção do PSL está em família e não haveria questionamento judicial so­bre possível infidelidade partidária.

No topo da lista surgiu um devo­rador de políticos de partidos me­nores. O PSDB, partido do gover­nador Marconi Perillo e do vice, José Éliton, que é o virtual candidato à reeleição, também entrou na dispu­ta pelo grupo de Lucas Calil. Apenas de ter a disciplina política em sua base de apoio a sigla quer também os votos na sua legenda.

“Fomos eleitos em 2014 com uma base consistente de eleitores e em 2016 conseguimos eleger dois vereadores em Goiânia. Isso se tra­duz em avanço político e precisa­mos capitalizar esse progresso“, co­menta Lucas Calil.

A preocupação do deputado e de integrantes de seu grupo é com as previsões nebulosas para 2022, quando haverão mudanças subs­tanciais no ordenamento eleito­ral. “Sabemos que está tudo pronto para a partir de 2022 desaparecerem partido políticos pequenos com o fim das coligações e a cláusula de barreira. Precisamos de um proje­to bem articulado e de um partido forte que sustente nossos projetos futuros“, finaliza.

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