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POLÍTICA

Balestra: “PP virou sigla de aluguel”

OIto vezes eleito deputado federal, Roberto Balestra é o parlamentar com mais mandatos no Estado. Todas as suas eleições foram no PP e nos partidos que ele sucedeu (PDC, PPR,PPB). É por isto que soam graves as afir­mações que ele faz, dizendo que “o PP se transformou em sigla de aluguel”. A crítica de Balestra se fundamenta nos últimos aconte­cimentos que envolveram o par­tido. O primeiro, a filiação do se­nador Wilder Morais que trocou o DEM pelo partido e agora, a possi­bilidade da legenda ser entregue ao deputado federal Alexandre Baldy.

Balestra condena a forma como o PP foi entregue a Wilder Morais. Observa que ele nunca teve mi­litância no PP e por isto não po­deria lhe ter sido entregue a pre­sidência do partido. ele critica o presidente nacional da legenda, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que, segundo ele, faz leilão com o PP.

“A minha posição é a mesma, em relação a esta forma de colo­car alguém no comando do parti­do , pinçando alguém de outra si­gla,e aí entrega o comando a aquele que não tem relação com os mem­bros do partido. Como eu disse que o Wlder Morais não tem legitimi­dade, por não ter sido do partido, e chegar por cima Enntendo que o partido não o acolheu de braços abertos. O ministro Alexandre Bal­dy tem todas as qualidades, ele po­deria marcar um grande tento se viesse de baixo para cima, se con­vivesse com todos os companhei­ros, com um relacionamento har­monioso, de construção. Mas feito na base da truculência, fica difícil. O PP precisa de muita compreensão, porque é um partido que já fez go­vernador, vice-governador, deputa­dos federais, estaduais e prefeitos, e hoje está se vendo como uma sigla de aluguel, desabafa.

“Hoje o PP é um partido de alu­guel, tem uma cúpula que faz negó­cio com o partido. Quem dá mais? Eles negociam. E quem é que vai para o ministério? É fulano, beltra­no, mas é tudo entre eles”, denuncia.

O parlamentar diz que não dei­xa a legenda, porque construiu sua história política no partido. Ele anuncia que será candidato à reeleição e que está buscando no­mes para a chapa proporcional, en­tre outros,informa que convidou o deputado estadual Lucas Callil para disputar a reeleição pelo PP.

GOVERNO

Roberto Balestra foi sabatinado na Rádio 730 pelos jornalistas Kle­ber Ferreira, Eduardo Horácio e Ru­bens Salomão, que insistiram para saber sobre a possibilidade do PP apoiar um candidato de oposição. O deputado rejeitou esta possibilida­de. Afirma que enquanto a oposição está dividida em duas candidaturas (Ronaldo Caiado e Daniel Vilela), o governo está unido em torno do vi­ce-governador José Eliton (PSDB).

“O governo fez um trabalho in­tenso, fez um programa com come­ço, meio e fim, e visitou todos os mu­nicípios. José Eliton já é uma pessoa conhecida, e como vai ser governa­dor, vai disputar com o poder da ca­neta, e isto é um peso incalculável na política. Ele está procurando os companheiros para formar as cha­pas proporcionais e majoritárias,e vai transformar isto. Temos o adversário dividido, com chances de não se uni­rem e vejo o José Eliton com chances absolutas.. Elefoipreparadoparaisto. Assumiu cargos de relevância no go­verno, foi o patrocionador dos proje­tos que o governo executa, e esta´por dentro da máquina, que não terá pro­blemas de continuidade”, enumera.

OPOSIÇÃO

Para Balestra se a direção do PP resolver levar o partido para oposi­ção, a cúpula irá sozinha, pois acre­dita que a base não irá acompanhar esta decisão. Esta possibilidade de acordo com uma dos candidatos oposicionistas cresce na medida em que fica clara a contrariedade do senador Wilder Morais não ter contemplada a sua candidatura a reeleição na chapa governista. . “Se o presidente tomar esta direção ele irá sozinho. De cima para baixo nem purgante a gente toma”, avisa.

PREVIDÊNCIA

O PP, juntamente com o PR, PRB, PTB e PSD, compõe o núcleo duro de partidos que apoiam o presiden­te Michel Temer (MDB-SP). Balestra avalia que há chances reais de apro­vação da Reforma da Previdência. Ele diz que as mudanças são neces­sárias. Admite que é preciso mexer em privilégios no Judiciário, como o auxilio moradia e defende a Lei do Abuso de Autoridade, o projeto que responsabiliza juízes e promo­tores públicos por desvios de con­duta no exercício de suas funções

SEGURANÇA

Na opinião de Balestra, o gover­no acertou em cheio na convoca­ção do ex-senador e ex-governador Irapuam Costa Júnior para assumir a Secretararia de Segurança Públi­ca do Estado. Ele afirma que Ira­puam é experiente, determinado e conhece muito o setor que ne­cessita de pulso firme para poder dar respostas à sociedade. Gover­nador Marconi Perillo e José Eliton maracaram para às 14 horas de 15 de fevereiro, no Palácio das Esme­raldas, a posse de Irapuan.

Se o presidente Wilder tomar esta direção ele irá sozinho. De cima para baixo nem purgante a gente toma”

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