O colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim afirmou que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) sugeriu que a favela da Rocinha fosse metralhada. A declaração teria sido feita em evento promovido pelo banco Pactual BTG na última terça-feira (06/02), em São Paulo, para mais de mil executivos ligados ao setor financeiro.
De acordo com o jornalista, o pré-candidato à presidência declarou que um helicóptero derramaria folhetos sobre o local para avisar que os criminosos teriam prazo de seis dias para se entregarem. Se eles continuassem escondidos após este tempo, daria ordem para metralhar a favela. Ainda segundo o profissional, os participantes aplaudiram de pé a fala do político.
Resposta
Ao ver a repercussão da polêmica nas redes sociais, Bolsonaro publicou um vídeo em sua página oficial no Facebook para esclarecer a situação. Ele afirmou que não sugeriu "metralhar" moradores da Rocinha e que o relato de Lauro Jardim é uma “insanidade”.
"Beira a loucura alguém escrever uma coisa dessa. Alguém acha que se eu tivesse falado isso para mais de mil pessoas eu não seria massacrado de forma justa?", indagou.
O deputado disse ainda que "isso não é fazer jornalismo, é fazer terrorismo", fazendo referência à coluna do jornalista. Ele afirmou também que espera retratação por parte do comunicador.
Por meio de nota à imprensa, a assessoria de imprensa do parlamentar também fez pronunciamento.
"O deputado esclarece que, ao mencionar a Rocinha no evento, se referiu exclusivamente à guerra travada entre traficantes, em setembro do ano passado, quando 200 marginais fugiram pela mata no alto da comunidade e se espalharam e se refugiaram em outras favelas na zona norte do Rio, levando pânico e terror à população carioca. [...] Ao falar daquele episódio específico da Rocinha, uma vez que os marginais estavam claramente afastados da comunidade e, portanto, passíveis de sofrer efetiva ação policial para prisão, sem o risco de ferir os cidadãos de bem que moravam no local, o deputado tomou tal exemplo para se manifestar, no sentido de ser favorável a ações efetivas por parte do Estado, inclusive atirando em casos de confronto ou não rendição", diz trecho.
Assista ao vídeo: