Um ícone vivo da filosofia espírita, no Brasil, o médium baiano Divaldo Pereira Franco participou de uma sessão de perguntas e respostas no 34º Congresso Espírita de Goiás, no Centro de Convenções de Goiânia, durante o feriado de carnaval.
O “pinga-fogo” aconteceu no último dia de apresentações do Congresso, quando Divaldo Franco, sentado ao palco – ao lado do juiz de Direito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, tradutor, escritor e também conferencista Haroldo Dutra Dias –, foi interpelado por um jovem goianiense de 18 anos, sobre tema em voga na atualidade política do Brasil: a chamada ideologia de gênero.
O médium foi pai adotivo de mais de 600 órfãos, hoje emancipados, a maioria com família já constituída e profissões próprias, que foram cuidados por ele por meio de suas obras assistenciais, em especial a Mansão do Caminho, que atende as crianças miseráveis de Salvador, dando-as condições de dignidade humana e traçando, por esforços multipedagógicos, caminhos para um futuro feliz. Trata-se da Mansão do Caminho, um complexo filantrópico que atende, hoje, mais de 3.000 crianças e jovens carentes, situada na Rua Jayme Vieira Lima, 104, em Pau da Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador. A Mansão tem 83.000 m² e 43 edificações. A obra é basicamente mantida com a venda de livros mediúnicos, fitas e DVDs gravados nas palestras do médium.
Divaldo, considerado pelos admiradores, sempre franco, mostrou sua visão política, na resposta auferida ao seu interpelador, onde convidou o público, uma plateia com dezenas de jovens espíritas e curiosos participantes do Congresso, a se posicionar contra decisões políticas que possam indignificar o ser humano, em especial, no trato com a moral de um povo. Ele também exaltou a conduta do juiz Sérgio Moro, a quem adjetivou de venerando, responsável por desnudar um lamaçal de corrupção e desvio de dinheiro que fere, de morte, o Brasil.
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Além de política, Divaldo passou por vários temas, como o aborto legalizado, o qual condenou veemente e viu, na ideologia de gênero, uma conduta moral que “jamais” poder-se-ia ser adotada por prejudicar a formação moral e ética da sociedade. Leia na íntegra a seguir
A ÍNTEGRA DO COLÓQUIO
Moderador — Apresente-se ao 34º Congresso.
Fernando — Sou Fernando, de 18 anos, daqui de Goiânia.
Moderador — E para quem você vai fazer a pergunta, Fernando?
Fernando — Para o Divaldo.
Moderador — E qual é a pergunta que você quer fazer para o baiano mais querido? [Risos gerais]
Fernando — O que dizer sobre a ideologia de gênero?
Moderador — Obrigado, Fernando. É um pinga-fogo Di...
Divaldo Franco — Eu diria em frase muito breve, que é um momento de alucinação psicológica da sociedade.
Em uma entrevista, que recomendamos, Iraci Campos, do Centro Espírita Joana de Ângelis, da Barra da Tijuca, entrevistou nosso Haroldo Dutra, a esse respeito. E as respostas, como as perguntas, muito bem elaboradas, propiciaram a Haroldo abordar a questão do povo de vista legal, moral, espírita e social. Vale a pena, portanto, procurar na internet este encontro de Iraci Campos com Haroldo Dutra.
Haroldo disse, em síntese, eu peço licença a ele, que se trata de um momento muito grave da cultura social da Terra. E que é naturalmente algo que deveremos examinar, em profundidade, mesmo porque nós vamos olhar a criança, graças a sua anatomia, como sendo o tipo ideal. E a criança neste período não tem discernimento sobre o sexo.
A tese é profundamente comunista e ela foi lançada por Marx, sobre outras condições, que a melhor maneira de submeter um povo não era escravizá-lo economicamente, era escravizá-lo moralmente. Como nós vemos através de vários recursos que tem sido aplicado no Brasil, nos últimos nove anos, 10, em que o Poder Central tem feito todo o esforço para tornar-se o patrão de uma sociedade em plena miséria econômica e moral.
Porque os exemplos de algumas dessas personalidades são tão aviltantes e tão agressivos que se constituíram legais e, porém, nunca morais.
Todas essas manifestações que estamos vendo graças à República de Curitiba, cujo presidente é o Dr. Moro, e deve ser... [fala impedida por aplausos e ovações da plateia]... o desnudar da hipocrisia e da criminalidade. Aliás, o Evangelho recomenda que não deveremos provocar o escândalo e o nosso venerando juiz não provocou escândalo: atendeu a uma denúncia muito singela e, no entanto, levantou o véu que ocultava crimes hediondos profundos. Desvio de dinheiro que poderia acabar, no Brasil, com a tuberculose, com as enfermidades que vêm atacado recentemente, [dinheiro] que poderia educar toda a população e dar-lhe o que a nossa Constituição exige: trabalho, repouso, dignidade, cidadania. Mas, determinados comportamentos de alguns, do passado muito próximo, estabeleceram o marxismo disfarçado e a corrupção sobre qualquer aspecto, como princípio ético.
A teoria de gênero é para criar na criança, o futuro cidadão, a ausência de qualquer princípio moral. Uma criança não sabe discernir, somente tem curiosidade. No mesmo banheiro, um menino, uma menina, irão olhar-se biologicamente, sorrir e perguntar, do que se tratava aquele aparelho genésico que é desconhecido. Então nós deveremos repudiar, de imediato, e apelar para aqueles em quem nós votamos: somos responsáveis!, e gritar para eles que somos contra, totalmente contra, essa imoralidade ímpar. [Plateia mistura-se em assobios e aplausos incontíveis]
Vão me perdoar uma blasfêmia, agora para adultos. Os espíritas somos muito omissos. No nome falso e na capa da humildade achamos que tudo está bem, mas nem tudo está bem. É necessário que nós tenhamos voz. O apóstolo Paulo jamais silenciou ante um crime e a imoralidade e, Jesus, muito menos. Ele deu a César o que era de César, mas não deixou de dar a Deus o que era de Deus. Muitas aberrações nós silenciamos, afinal, disfarçadamente vivemos numa república democrática e os nossos representantes lá chegaram pelo nosso voto.
Já está na hora de acabar de votar por uma alpercata japonesa, já está na hora de deixar de votar por causa do emprego que vai dar ao nosso filho. Pensarmos na comunidade, uma comunidade justa não faltará emprego para todos. Uma sociedade justa de homens de bem, de mulheres dignas, naturalmente estabelecerá as leis de Justiça e de equidade. Então nós evitaremos essas aberrações... O aborto provocado, este crime hediondo, que está tentando tornar-se legal, por mais que seja legal, nunca será moral! Não somos contra quem aborta por esta ou aquela razão. Falamos em tese: matar é crime, seja qual for a aparente justificativa. E agora, com a tese de gênero, estamos indiferentes e, de um momento para outro, na madrugada, os nossos dignos representantes adotam.
Falávamos, ontem, a respeito de cartilhas do Ministério da Educação, depravadas, para corromper as crianças e [cartilhas] que as escolas estão devolvendo ao Ministério. Que Ministério de Educação é esse? Que estabelece fatos... [Aplausos efusivos] de uma indignidade muito grande. Os pais devem vigiar os livros de seus filhos e naturalmente recusarem. Nós temos o direito de recusar, nós temos o dever de recusar! Victor Hugo já nos falava há mais de 150 anos: “um grande pecado é a omissão” e Kardec nos falou que “não era nobre apenas não fazer o mal, porque não fazer o bem é um crime muito grande”.
Então, precisamos ser mais audaciosos, espíritas, definidos, termos opinião. A doutrina nos ensina, e para os jovens, o que eu direi que é uma ética: a liberdade. O sexo é livre. Livre, sim! Mas ele não tem a liberdade de indignificar a sociedade. Poderemos, sim, exercer o sexo. É uma função do corpo e também da alma, mas com respeito e com a presença do amor. Portanto, a teoria de gênero, jamé. [Aplausos energéticos se ergueram em gratidões barulhentas e alegres rumo ao médium baiano Divaldo Franc
Já está na hora de acabar de votar por uma alpercata japonesa” O apóstolo Paulo jamais silenciou ante um crime e a imoralidade e, Jesus, muito menos” Moro não provocou escândalo, apenas atendeu a uma denúncia muito singela e, no entanto, levantou o véu que ocultava crimes hediondos profundos”