O Conselho Superior do Ministério Público de Goiás (MP-GO) autorizou nesta quinta-feita (05/04) o ex-senador Demóstenes Torres uma autorização para se recandidatar ao cargo nas eleições deste ano.O parlamentar estava inelegível até 2027, mas entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação do processo.
O ministro Dias Toffoli concedeu uma liminar suspendendo a inelegibilidade do ex-senador, entretanto ele negou o pedido para que Torres retornasse ao mandato. A licença começa a valer a partir desta sexta-feira (06/04). Após a decisão do STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) requisitou a suspensão da liminar. Raquel Dodge sustenta que a reclamação do político contra ato do presidente do Senado Federal não poderia ter sido acatada pelo STF por não ser o instrumento cabível.
Demóstenes foi cassado em outubro de 2012 pelo plenário do Senado, sob a acusação de ter se colocado a serviço da organização criminosa supostamente comandada pelo empresário Carlos Cachoeira, conforme apontavam as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Com base na decisão do Senado Federal, ele está inelegível até 2027.
Em abril do ano passado, entretanto, a Segunda Turma do STF, da qual Toffoli faz parte, concedeu um habeas corpus a Demóstenes e anulou escutas telefônicas que foram utilizadas para embasar o processo de cassação do parlamentar. Na ocasião, foi determinada também a reintegração do ex-senador ao Ministério Público de Goiás, no qual ingressou em 1987.