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PF apura conduta de delegado que postou no Facebook sobre prisão de políticos

A Polícia Federal apura a conduta do delegado Milton Fornazari Jr. por ter feito uma postagem na noite do último sábado (07/04) no seu Facebook, quando Lula estava sendo conduzido em um avião de São Paulo para Curitiba, dizendo que outros políticos também devem ser presos, dentre eles, “Temer, Alckmin e Aécio”.

Na publicação, o delegado escreveu:

"Lula preso. Objetivamente, ele recebeu bens, valores, favores e doações p seu partido indevidamente, por empresas q se beneficiaram da corrupção em seu governo. Por isso merece a prisão. Agora é a hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio, etc). Se isso acontecer, teremos realmente evoluído muito como civilização, se não acontecer e só Lula ficar preso infelizmente tudo isso poderá entrar para a história como perseguição política".

Vendo a repercussão e o impacto que a postagem deu, Fornazari fez um segundo post dizendo que: "Amigos, ontem externei minha opinião exclusivamente pessoal como cidadã em relação à minha indignação com a corrupção na política brasileira em geral”.

O delegado acrescentou dizendo ainda: “Citei o caso transitado em julgado em segunda instância do ex-presidente Lula e os de outros políticos notoriamente investigados em Brasília, nas instâncias superiores, como os motivos da minha indignação pessoal”. Ao concluir a postagem, pediu para que ficassem calmos e mandou abraços.

Os nomes citados nas declarações do delegado ainda não se manifestaram. A PF fez uma declaração em nota dizendo:

"1) O delegado de Polícia Federal Milton Fornazari Jr. não é responsável pela Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo, tendo exercido a chefia da delegacia de 26/10/2015 a 02/11/2016;

2) O mencionado servidor não faz parte do corpo diretivo da PF em São Paulo e tampouco é porta voz desta instituição;

3) A PF jamais se manifesta oficialmente por meio de perfis pessoais de seus servidores;

4) As declarações proferidas são de cunho exclusivamente pessoal e contrariam o normativo interno referente a manifestações em nome da instituição, razão pela qual serão tomadas as medidas administrativo-disciplinares em relação ao caso concreto;

5) A PF reitera seu compromisso, como polícia republicana, de trabalhar de forma isenta, discreta e apartidária, nos estritos limites da lei."

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