O médico general reformado do Exército, Ricardo Agnese Fayad, de 77 anos, terá que responder na Justiça pelos crimes de tortura cometidos na época da ditadura militar no Brasil. A denúncia foi feita e aceita na última segunda-feira (11/06), na 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
O general está sendo acusado de participar de sessões de tortura contra o militante político Espedito de Freitas, entre os dias 10 a 22 de novembro de 1970. Essa é a 31ª ação penal que o Ministério Público Federal (MPF) registra contra agentes do Estado que praticaram crimes contra a humanidade durante a época ditadora. Segundo o MPF, a vítima foi sequestrada e encapuzada pelo Exército, perto de casa, no Rio, e levado ao Batalhão de Polícia do Exército, onde funcionava o DOI. Espedito de Freitas foi submetido a choques elétricos, chutes, pau de arara, além de ter o corpo queimado por cigarro.
Ainda de acordo com o MPF, apesar das lesões, inclusive algumas causadas pela introdução de objetos em órgãos genitais, e de ter desenvolvido sequelas, o militante sobreviveu.
(Com informações da Agência Brasil)