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Advogados questionam reinauguração de subseções

A divulgação, na última sema­na, de um convite para a “reinau­guração” da Subseção de Minei­ros, assinado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás (OABGO), Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, foi o es­topim para que advogados da opo­sição decidissem acusar a atual gestão da instituição de mentiro­sa. Segundo afirmam, a exemplo de Mineiros, o que a administração tem feito consiste em pintar pare­des e fazer alguns consertos, e de modo algum poderia, esta práti­ca, ser chamada de reinauguração.

“Isso é só manutenção. Obri­gação comum de qualquer ges­tor. Não se trata de levantar uma obra do zero, não se trata de pro­mover uma ampla reforma nos prédios. Estamos aqui falan­do de pinturas de paredes, veja bem. Algo simples”, destaca o conselheiro federal da OABGO, Leon Deniz, que rompeu com o grupo de Lúcio Flávio, acusan­do-o de não dar cumprimento às promessas de campanha.

Para Leon Deniz, a prática de chamar as manutenções de “rei­naugurações” é antiética, imo­ral, e ofende a história da OAB­GO. Não fiz parte das gestões que realmente inauguraram es­sas obras. Sou conselheiro fede­ral dessa gestão e, mesmo assim, não aceitaria ver meu nome em uma placa de reinauguração que, na verdade, não fiz”, afirma, ao acrescentar que, além disso, a atual administração está arran­cando as placas originais, com os nomes das diretorias respon­sáveis pela construção das sedes, e substituindo-as por novas, com seus nomes. “Um estelionato po­lítico”, resume, indignado.

O conselheiro federal afirma ter conhecimento de que, pelo menos cinco Subseções da OAB­GO, contando com Mineiros, fo­ram vítimas do “engôdo”. São elas: Itaberaí, Jataí, São Luis dos Mon­tes Belos e Porangatu. “Mas me tranquilizo por saber que, ao con­trário do que pensa a atual ges­tão, a advocacia é sábia e enten­de muito bem a diferença entre manutenção e reinauguração”.

Também rompido com Lúcio Flávio e hoje integrante do mo­vimento de oposição Nova Or­dem, liderado por Pedro Paulo de Medeiros, o advogado Wal­demir Malaquias, que é con­selheiro seccional da OABGO, critica a prática. “Fazer manu­tenção de sede é mera obriga­ção. Mas chamar isso de rei­nauguração e fazer disso um palanque político envergonha a advocacia. É um absurdo. É comparar o advogado a esses eleitores mais simplórios e que não tem discernimento, que tro­cam voto por botina”, desabafa.

Para o advogado Julio Mei­relles a prática se assemelha àquelas da política partidária comum, há muito criticadas por toda a sociedade.

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