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Caiado inicia conversações para construir maioria no Legislativo

Conquistada a vitória com quase 60% dos votos váli­dos, o governador eleito Ro­naldo Caiado (DEM) inicia conver­sações para construir maioria no Legislativo, o que vai lhe assegurar a governabilidade, ou seja, aprovar os projetos que possam significar as mudanças administrativas que pretende implementar em quatro anos de mandato.

Como primeiro passo, Caiado designou o vice-governador eleito Lincoln Tejota (Pros) para a tarefa de abrir diálogo com os parlamen­tares eleitos pela base governista, mas considerados “independentes”.

Para Lincoln Tejota, a busca de apoio parlamentar é funda­mental para que o Palácio Pedro Ludovico Teixeira tenha condi­ções políticas de executar o plano de governo discutido e aprovado durante a campanha eleitoral.

Tejota, que exerce mandato de deputado estadual, aprovei­ta a convivência com os colegas para assegurar apoio no Legisla­tivo para a futura administração.

Dos 41 deputados estaduais, 18 foram eleitos (entre reeleitos e no­vatos) pela coligação “A Mudança é Agora”, que teve Ronaldo Caia­do como candidato a governador e Lincoln Tejota a vice: Henrique César (PSC), Major Araújo (PRP), Chico KGL (DEM), Dr. Antônio Moraes (DEM), Cláudio Meirel­les (PTC), Rubens Marques (Pros), Humberto Teófilo (PSL), Iso Morei­ra (DEM), Amauri Ribeiro (PRP), Álvaro Guimarães (DEM), Rafael Gouveia (DC), Zé Carapô (DC), Charles Bento (PRTB), Cairo Salim (Pros), Vinícius Cirqueira (Pros), Paulo Trabalho (PSL), Karlos Ca­bral (PDT) e Júlio Pina (PRTB).

Ronaldo Caiado e Lincoln Te­jota vão procurar os deputados do MDB – Bruno Peixoto, Paulo Cezar Martins e Humberto Machado -, com o apoio do prefeito de Catalão, Adib Elias, membro da dissidência do partido e coordenador-geral da campanha do democratas.

Os deputados do PSDB também serão procurados pelos coordena­dores políticos de Caiado para even­tual colaboração com o próximo governo do Estado. São eles: Dio­go Sorgatto, Helio de Sousa, Talles Barreto, Lêda Borges, Tião Caroço e Gustavo Sebba. O presidente em Goiás do partido é o deputado fe­deral não reeleito Giuseppe Vecci.

O PSD, de Gilberto Kassab e de Vilmar Rocha, também será convi­dado para sentar à mesa com os fu­turos governantes. São deputados do partido: Wilde Cambão e Lucas Calil.

O PRB, que é controlado em Goiás pela Igreja do Reino de Deus, também será convidado a integrar a base do governo Caiado. São deputados pelo partido: Je­ferson Rodrigues e Alysson Lima.

O PSB, presidido em Goiás pela senadora Lúcia Vânia, de­verá compor com o futuro gover­no. O partido tem apenas um par­lamentar: Lissauer Vieira.

O PPS, que tem no comando em Goiás o deputado federal não reelei­to Marcos Abrão, tem um parlamen­tar: Virmondes Cruvinel Filho, que deverá integrar o bloco governista.

As conversas serão mantidas também com o PV, que elegeu o deputado Delegado Eduardo Prado.

O PTB, que tem no comando es­tadual o deputado federal não ree­leito Jovair Arantes, será convidado para a nova configuração política no Legislativo. O partido tem ape­nas Henrique Arantes na bancada.

O Solidariedade, presidido pelo ex-deputado federal Armando Ver­gílio, também será procurado pelos caiadistas. São deputados da legen­da Amilton Filho e Thiago Albernaz.

O Patriota também será procura­dopelosfuturosgovernistas. Opartido conta com o deputado Wagner Neto.

A futura oposição deverá ser formada pelos deputados petis­tas Antônio Gomide e Adriana Accorsi por membros do PSDB e algumas legendas independentes que não vierem aliar-se ao Palá­cio Pedro Ludovico.

Em todas as vezes que houve alternância de grupos políticos no poder em Goiás (1982 com Iris Re­zende) e 1998 (com Marconi Pe­rillo), os governadores empossa­dos não tiveram dificuldades em construir apoio parlamentar para garantir aprovação de seus proje­tos na Assembleia Legislativa.

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