O advogado Frederico Jayme Filho deixou ontem a Secretaria de Governo, em encontro mantido com o governador José Eliton (PSDB). O ex-deputado estadual e conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado entende que ofereceu contribuição ao governo de Goiás, conforme solicitação do ex-governador Marconi Perillo e do governador José Eliton.
Frederico Jayme disse ao Diário da Manhã que, quando Marconi Perillo (PSDB) deixou o governo, em abril deste ano, também havia decidido sair. Mas, a pedido tanto de Marconi Perillo quanto do governador José Eliton (PSDB), trocou a chefia de gabinete do governador pela Secretaria de Governo, mas firmou um compromisso: só ficaria até o término das eleições. Como a disputa eleitoral foi decidida no primeiro turno, Frederico Jayme decidiu sair agora.
Frederico tem uma longa folha de serviços prestados ao Estado. Foi presidente da Assembleia Legislativa e, por cinco vezes, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Na vida pública, sempre ofereci contribuição no sentido de que fossem efetivadas políticas que valorizassem o servidor e também promovessem melhor qualidade de vida das pessoas”.
Ele reassumirá seu escritório de advocacia, em Goiânia e em Anápolis.
SUBSTITUTO
O governador José Eliton deverá nomear o advogado Edivaldo Cardoso, que deixa a presidência da Celg Telecom para assumir o cargo de secretário de Governo, em substituição a Frederico Jayme Filho. Edivaldo Cardoso já trabalhou em multinacional americana, nos Estados Unidos, e dirigiu o Detran, Ceasa e ABC. Foi presidente em Goiás do PT do B (hoje Avante).
CARREIRA VITORIOSA
Frederico Jayme Filho tem uma trajetória vitoriosa na vida pública, iniciada como secretário do prefeito Henrique Santillo, em Anápolis. De imediato, elegeu-se deputado estadual pelo MDB, como expressiva votação em Pirenópolis, Goianésia e demais municípios da região do Vale do São Patrício.
No segundo governo de Iris Rezende, Frederico Jayme ocupou a Secretaria de Segurança Pública, proporcionando, em sua gestão, redução dos índices de criminalidade. Teve como foco a valorização dos policiais civis, militares e corpo de bombeiros, oportunidade que os salários foram reajustados.
Na Assembleia Legislativa, imprimiu uma gestão moralizadora, com cortes de gastos e se projetou para uma eventual disputa à Câmara Federal. Preferiu deixar o Legislativo, sendo nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Também na Corte de Contas adotou gestões austeras, com enxugamento de folha e redução de despesas, além de maior rigor na fiscalização dos órgãos da administração estadual.
Por diversas vezes, Frederico foi convidado a disputar novas eleições em Goiás, já que não havia interrompido os contatos com as bases políticas no interior do Estado, principalmente na região do Vale do São Patrício, mas optou por não concorrer mais a cargos eletivos. Permaneceu nos bastidores da política partidária, vindo a assumir a chefia do gabinete do então governador Marconi Perillo, em 2015.