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A vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição para presidente da República é assunto nos principais jornais e agências internacionais hoje (29). As reportagens indicam que o novo presidente terá como desafios fazer a economia do Brasil crescer e vencer a polarização, registrada durante a campanha eleitoral, com o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.
Os jornais da Argentina demonstram preocupação com o enfraquecimento do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, suspensa temporariamente). Agências e jornais dos Estados Unidos e da Europa mencionam a ascensão da direita.
Para o norte-americano The New York Times, há uma "guinada à direita" no Brasil e considera que essa é a mudança "mais radical" desde o fim da ditadura no país. O texto destaca que a campanha do presidente eleito se sustentou na defesa da família, na confiança na religião e nas Forças Armadas.
O também norte-americano Washington Post compara Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ele utilizar de forma intensa as redes sociais e apresentar-se como a nova alternativa.
O foco da agência de notícias Reuters é a economia. Com base em declarações do coordenador econômico da equipe de Bolsonaro, Paulo Guedes, destaca que a reforma da Previdência será prioridade. Outra agência de notícias, a Bloomberg, ressalta o discurso de austeridade e recuperação das contas públicas.
O espanhol El País menciona um período de “incertezas” para o novo governo. O francês Le Monde menciona o que chama de “extrema direita”.
Para a Xinhua, agência pública de notícias da China, o desafio do presidente eleito é dar mais celeridade à economia brasileira. A Notimex, agência pública de notícias do México, destaca que Bolsonaro terá o desafio de enfrentar o baixo crescimento econômico da economia. A agência pública do Equador, Andes, ressalta a polarização registrada no país.
A preocupação dos jornais argentinos Clarín e La Nación está no possível enfraquecimento do Mercosul. O receio se baseia em uma declaração de Paulo Guedes sobre não incluir o bloco entre as prioridades do próximo governo. Ao La Nación, o embaixador da Argentina no Brasil, Carlos Magariños, amenizou a declaração de Guedes, destacado a relevância do Mercosul para toda a região.