Neste sábado (20/10) a Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar a propagação de mensagens pelo WhatsApp relacionadas aos candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad do (PT)
O inquérito foi instaurado a pedido da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, que quer verificar a possível utilização de esquemas eletrônicos por parte das campanhas, com a finalidade de disseminar notícias falsas, popularmente conhecidas como Fake News.
De acordo com reportagem veiculada no Jornal Folha de São Paulo na última quinta-feira (18/10), empresas negociaram contratos que chegariam a 12 milhões de reais para o envio em massa de conteúdos contra o Haddad no WhatsApp.
Em documento enviado ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para solicitar a investigação da Polícia Federal, a procuradora-geral da República informou que os fatos publicados em reportagens foram o suficiente para a abertura de apuração pela Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE).
Além da investigação realizada pela PF, uma investigação foi aberta no Tribunal Superior Eleitoral a pedido da campanha da Haddad. Os integrantes do partido dos trabalhadores querem a corte declare a inelegibilidade de Bolsonaro para a atual eleição e as dos próximos oito anos.
Ao se posicionar sobre as investigações, Bolsonaro relatou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT está sendo prejudicado pela “verdade” e não pelas Fake News.
Em contra partida, o aplicativo de mensagens WhatsApp informou, por meio de um comunicado emitido na última sexta-feira (19/10), que baniu “centenas de milhares de contas” durante o período das eleições de 2018 no Brasil.
Segundo o comunicado, o objetivo da empresa é desativar contas com “comportamento anormal”, reduzindo a atuação de empresas que enviam “mensagens em massa” através do aplicativo, promovendo “spam ou desinformação”.
(Foto/Divulgação)