Os mais de 4,6 milhões de eleitores do estado do Rio de Janeiro que tiveram os dados da biometria importados do cadastro do Detran-RJ e que já fizeram a validação ontem (7), durante a votação do primeiro turno das eleições gerais, não vão precisar comparecer a um cartório eleitoral para tirar a foto e fornecer as digitais à Justiça eleitoral.
A informação foi confirmada hoje (8) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Segundo o TRE, a validação “foi satisfatória” e agora esses eleitores poderão “ser dispensados pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] de comparecimento futuro para coleta de suas digitais nos cartórios”.
Quanto às longas filas que se formaram para a votação de ontem, que chegaram a três horas de espera em algumas seções, o tribunal disse que o problema foi gerado “pela maior demora na digitação dos números de seis candidatos, assim como pela identificação biométrica, que ainda está em fase de implementação”.
Em nota, o TRE-RJ ressaltou que “o direito ao exercício do voto dos mais de 12,4 milhões de eleitores fluminenses foi garantido”.
Dos 12,4 milhões de eleitores aptos a votar no estado, 9,47 milhões compareceram às urnas ontem, domingo. A abstenção foi de 23,6% num total de 2,9 milhões de eleitores, segundo os dados do TSE para o resultado das eleições.
A nota do TRE-RJ não menciona os relatos de pessoas que compareceram a locais distintos de onde votariam, por causa do reordenamento feito pelo tribunal no ano passado e que extinguiu 84 zonas eleitorais para reduzir custos das eleições.
TRE substituiu 245 urnas
A totalização das 33.901 urnas eletrônicas utilizadas no pleito de ontem (7) no estado do Rio de Janeiro foi concluída às 23h16. Segundo o TRE-RJ, 245 urnas tiveram que ser substituídas, o que corresponde a 0,7% do total.
Segundo o tribunal, a eleição ocorreu sob “clima de polarização política” e com “circulação de inúmeras mensagens falsas ao longo de todo o dia”, mas que, apesar disso, “não houve incidentes relevantes no tocante à segurança do processo eleitoral”.
O TRE-RJ informou que a Coalizão Eleitoral, um comitê de ação integrada que reúne órgãos do Judiciário, do Ministério Público Eleitoral e da área de segurança, “desempenhou papel de fundamental importância para o bem-sucedido esquema de segurança das eleições, que, contou, ainda, com o valoroso apoio das Forças Armadas, inclusive no transporte de urnas em áreas conflagradas”.
A Agência Brasil procurou os órgãos de segurança para obter informações sobre o número de presos por boca de urna e outros registros durante o pleito, mas não obteve resposta.
Participaram do processo eleitoral no estado mais de 135 mil pessoas, entre mesários, juízes eleitorais, servidores e outros colaboradores.
*Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil