Na manhã desta quarta-feira (10) a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), deflagrou a terceira fase da Operação Mákara, que investiga fraudes licitatórias supostamente cometidas por ex-servidores da Secretaria Estadual de Educação e empresários do setor de construção civil.
Durante diligência dos policias, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, em Goiânia, em residências de empresários da construção civil. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, os agentes apreenderam diversos computadores, celulares, pen drives e documentos que reforçam os indícios da prática dos crimes investigados.
A Seduc foi procurada, por meio da assessoria de Comunicação, mas até o momento a pasta ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
Servidores em fraudes de processos licitatórios
O órgão informou que as investigações, iniciadas em maio deste ano, já passou por duas fases, onde foi possível identificar que os servidores tinham relação com os sócios das empresas e facilitavam, de alguma forma, as licitações, dando agilidade nos processos para essas empresas vencerem. Durante a primeira fase foram 10 mandados em Goiânia e Aparecida de Goiânia.
Ainda segundo a PC, durante a segunda fase desta operação foi constatado que a organização criminosa era composta por servidores públicos e empresários que, há cerca de oito anos, atuam nas licitações de forma fraudulenta, em combinação de resultados e mediante pagamento de propina. Nesta fase, em 7 de junho, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Aparecida de Goiânia e em São Luiz dos Montes Belos.
Na época, a Seduc informou que exonerou os envolvidos no esquema e disse que tem cooperado com as investigações. A pasta ainda afirma que os crimes se iniciaram na gestão passada.