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Durante um evento neste sábado (27/7), na Vila Militar, zona Oeste do Rio de Janeiro, o Presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que o jornalista Glenn Greenwald, diretor do The Intercept Brasil, "talvez pegue uma cana no Brasil". Bolsonaro defendeu a portaria que regula a deportação de pessoas consideradas “perigosas” ou “suspeitas”.
Segundo o chefe do Executivo, a medida assinada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, publicada nessa sexta-feira (26/7), no Diário Oficial da União (DOU), não tem o objetivo de atingir Glenn Greenwald. A portaria publicada recentemente permite a deportação sumária de estrangeiros.
O presidente afirmou que o ministro tem "carta branca" e, por ele, teria sido editado um decreto. "Tem que mandar pra fora. Quem não presta, tem que mandar embora. Tem nada a ver com o caso desse Glenn não sei o quê, aí. Tem nada a ver com o caso dele. Tanto é que não se encaixa na portaria o crime que ele tá cometendo", afirma.
Bolsonaro afirma que jornalista não deve deixar o Brasil
O site de notícias, The Intercept Brasil em parceria com outros veículos de comunicação, tem publicado desde o dia 9 de junho várias reportagens com conversas vazadas entre Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato. Segundo Jair Bolsonaro, o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, não se encaixa na portaria e, por isso, não deve deixar o país.
De acordo com o presidente, o editor do The Intercept é casado com outro homem e tem filhos brasileiros. "Malandro, malandro, pra evitar um problema desse, casa com outro malandro, ou não casa, e adota criança no Brasil. O Glenn pode ficar tranquilo. Talvez ele pegue uma cana, aqui, no Brasil. Não vai pegar lá fora, não."
Sobre as investigações da Polícia Federal, que levaram à prisão de quatro suspeitos de invadir celulares, inclusive o do próprio presidente, Bolsonaro afirmou que publicar informações mentirosas e não voltar atrás, também é um crime.
Com informações do Métropoles
