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Governo afirma que dados sobre desmatamento estão errados e prejudicam a imagem do Brasil

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (01), o Governo Federal contestou dados sobre desmatamento divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia. A degradação ambiental foi apontada a partir de imagens de satélites usadas para o monitoramento ambiental realizado pelo órgão.

De acordo com as informações do Deter – sistema responsável por captar essas imagens -, as áreas desmatadas da Amazônia cresceram 212% em apenas um ano. Essa devastação, de acordo com o sistema, corresponde a 1.864 quilômetros quadrados, área maior do que a capital de São Paulo.

Além disso, em junho deste ano, o desmatamento cresceu 88% em relação ao mesmo mês de 2018. Em resposta a estes dados, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que estes materiais divulgados em junho incluem desmatamentos ocorridos em outros meses, inclusive, do ano passado. Ainda, alegou que o sistema teria imprecisão temporal.

Para o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também presente na entrevista coletiva, mesmo que estes dados fossem considerados verdadeiros, deveriam ser tratados internamente.

"O que preocupa mais aqueles que têm sentimento de brasilidade, que têm um amor pelo país, como todos deveriam ter, é que esses dados prejudicam muito a imagem do Brasil. Se fossem dados corretos, era preocupante e seria conveniente que nós não alardeássemos isso e que nós cuidássemos do problema internamente, procurássemos corrigir o que está errado", alegou Augusto Heleno.

 Ainda, segundo o ministro, sendo dados falsos, eles causam impacto na imagem do Brasil perante outros países, criando uma reputação que pode, inclusive, afetar o comércio do país.  

Sobre esta questão, o presidente Jair Bolsonaro declarou não acreditar na veracidade destas informações e deixou a entender que pessoas do Inpe têm interesses inadequados em divulgar estes dados.

"Não quero afirmar, mas uma notícia como essa, que não condiz com a verdade, tem um estrago muito grande na imagem do Brasil. Parece que tem gente interessada nisso, que não é a imprensa, porque o dado saiu lá de dentro, dos órgãos nossos", declarou o presidente.

*Com informações do G1

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