O governo vai deter os reajustes salariais e o concurso público por, pelo menos, três anos. A afirmação é do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que ainda admitiu que o bônus de eficiência e honorários de sucumbência terão de ser repensados.
“Foram criados os bônus de eficiência para a Receita Federal e os honorários de sucumbência para a Advocacia-Geral da União (AGU). Tudo isso tem que ser repensado dentro do contexto das carreiras. São práticas diferentes do resto do mundo.
Se quisermos manter o país com nível de investimento, que já é baixo, não vejo nenhum espaço fiscal para aumento salarial ou concurso público nos próximos três anos. Aí, o governo segura e ganha tempo para fazer uma reforma administrativa. Os servidores tiveram quatro anos de aumento salarial acima da inflação”, lembrou Mansueto.
De acordo com Mansueto o grande problema não é a remuneração de final de carreira, que muitas vezes ultrapassa os R$ 30 mil mensais. A bagunça está nos salários iniciais das carreiras de Estado (entre R$ 14 mil a R$ 19 mil) e da rapidez com a qual o funcionário que passa no concurso chega ao teto. Além disso, alguns benefícios recentemente criados ou ainda estão sendo reivindicados por categorias específicas terão que ser repensados, falou o secretário do Tesouro Nacional.