O presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante conversa com estudantes nesta segunda-feira (30/9), no Palácio da Alvorada, recomendou que uma professora lesse o livro "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça", do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
A recomendação ocorreu quando um aluno disse que o grupo tinha uma professora e pediu que o presidente mandasse um abraço para ela. Bolsonaro questionou se a docente era de esquerda e os estudantes confirmaram. Em seguida, ele disse: “Fala pra ela ler o livro ‘A verdade Sufocada’ aí. Só ler. Depois ela tira as conclusões. Lá são fatos, não é blá blá blá de esquerdista, não”.
O autor do livro citado por Bolsonaro, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morreu em 2015. Ele foi condenado em segunda instância por tortura na ditadura militar. Ustra comandou o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações) em São Paulo, no auge da repressão militar.
Na ocasião, Bolsonaro não quis dar entrevista
Após falar com os estudantes e com um grupo de apoiadores, o presidente foi ao encontro dos jornalistas e disse que não concederia entrevista, como vinha fazendo nos últimos meses. “Imprensa, gosto muito de vocês, mas tudo é deturpado. Quando vocês fizerem uma matéria real do que aconteceu lá na ONU, eu dou entrevista para vocês, tá ok? Um abraço aí”, destacou Bolsonaro.
O representante do executivo, por meio desta afirmação, mostrou sua indignação pela forma como seu discurso na ONU repercutiu de forma negativa. Durante sua fala na abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), na última semana, Jair Bolsonaro afirmou que “Amazônia como patrimônio da humanidade é uma falácia”. Ainda em seu discurso, o presidente do Brasil acusou líderes estrangeiros de ataque à soberania do Brasil, o que causou a irritabilidade de algumas pessoas no país.