Na noite desta quinta-feira (19), A Polícia Federal (PF) indiciou sete funcionários da mineradora Vale e seis da consultora TÜV SÜD por falsidade ideológica e uso de documentos falsos, envolvendo a tragédia de Brumadinho.
Apesar de nenhum dos funcionários indiciados da Vale pertencer à cúpula da mineradora, as duas empresas também foram indiciadas. Contudo, neste momento, a PF não considera prender os indiciados.
Há também o pedido de medida cautelar contra os indiciados, que proíbe estes funcionários de prestar consultoria ou trabalhar na área de mineração.
Nesta primeira etapa das investigações, a PF focou no crime que envolve falsificação de documentos.
Segundo a Polícia Federal, a falsidade ideológica ocorreu quando os funcionários das duas empresas comemoraram contratos utilizando informações falsas presentes em documentos de Declaração de Condição de Estabilidade (DCE).
Os documentos em questão permitiram que a barragem continuasse funcionando normalmente, mesmo com os critérios de segurança inadequados.
Por nota, a Vale informa que "avaliará detalhadamente o inteiro teor do relatório policial antes de qualquer manifestação de mérito, ressaltando apenas que a empresa e seus executivos continuarão contribuindo com as autoridades e responderão às acusações no momento e ambiente oportunos". Contudo, a TÜV SÜD disse que a empresa não comentará sobre os indiciamentos.
O rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, ocorreu em 25 de janeiro deste ano. Ainda há 21 pessoas desaparecidas e o total de mortos identificados chega a 249.
Com informações do G1