Um ofício foi encaminhado ao Facebook solicitando a entrega de um "relatório completo" sobre as investigações feitas pela empresa que, em julho do ano passado, resultaram na suspensão de 196 contas e 87 perfis. O documento foi encaminhado pela chamada CPI das fake news, comissão parlamentar de inquérito que apura "ataques cibernéticos" contra a democracia. A comissão pede que as informações sejam encaminhada em até dez dias úteis e avalia sanções caso o prazo não seja cumprido.
A ação do Facebook em 2018 derrubou quatro páginas ligadas ao MBL, além da Brasil 200, movimento ligado ao empresário Flávio Rocha, que chegou a cogitar se candidatar à Presidência pelo PRB, e diversos perfis de direita de cunho sensacionalista ou enganoso. Os resultados da investigação do Facebook nunca foram divulgados. Na época, os representantes da rede social se limitaram a dizer que os perfis suspensos "faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas".
Segundo o presidente da CPI, senador Angelo Coronel, a comissão estuda com a consultoria legislativa do Senado o que poderá ser feito caso o Facebook não entregue o relatório. Ele ameaçou "judicializar" a questão se o pedido dos documentos não for atendido. O Movimento Brasil Livre (MBL) classificou o ato como "censura" em julho de 2018, após quatro páginas do movimento serem derrubadas na época pelo Facebook.
Posicionamento do Facebook
Após o encaminhamento da CPI das fakes news, o Facebook se limitou a dizer apenas que não iria comentar sobre o caso do documento encaminhado para eles.