Durante entrevista nesta quinta-feira (31/10) à jornalista Leda Nagle, publicada em seu canal do Youtube, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) sugeriu “um novo AI-5” caso a esquerda radicalize.
O novo AI-5 foi defendido pelo deputado como uma forma de conter eventuais manifestações de rua como as que ocorrem no Chile atualmente. Na última terça-feira (29/10), Eduardo Bolsonaro já havia afirmado em discurso no plenário da Câmara, que a polícia deveria ser acionada em caso de protestos semelhantes e o País poderia ver a “história se repetir”.
“Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, afirmou o filho do presidente durante entrevista.
Bolsonaro fala sobre declaração do filho
Ao programa do jornalista José Luiz Datena, Brasil Urgente, nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) lamentou a fala do filho: "Ele está pronto para se desculpa e com certeza ele foi mal interpretado", disse o presidente após voltar de uma viagem de cerca de 12 dias.
Maia diz que fala de Eduardo é passível de punição
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), condenou as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro. Para Maia, em nota divulgada, a fala do filho do presidente foi "repugnante" e passível de punição.
Mas afinal, o que foi o AI-5?
Decretado em 1968, o AI-5 foi o ato institucional mais duro imposto durante a ditadura militar, levando ao fechamento do Congresso Nacional, à cassação de mandatos, suspensão do direito a habeas corpus para crimes políticos, entre outras medidas que suspenderam garantias constitucionais.