O Congresso Nacional prepara uma resposta ao vídeo compartilhado pelo Presidente Jair Bolsonaro, , que convocou uma manifestação, pata o dia 15 de março, contra o parlamento e o Supremo Tribunal Federal (STF) além de pedir apoio ao seu governo
Uma reunião entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários, já está marcada para a próxima ter terça-feira, afim de definir uma ação conjunta contra atitude de Bolsonaro e cúpula.
Políticos de diversos partidos, como Rede, PT, PSL, PCdoB, PSOL, Cidadania, PDT e MDB, e até o presidente da Càmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticaram e a postagem. Maia reagiu dizendo: Acima de tudo e de todos está o respeito às instituições democráticas”.
“Qualquer tentativa de autoritarismo, de interesse em ditadura, é extremamente preocupante. E nós vamos sempre lutar para que as instituições sejam mantidas na democracia”, reagiu o líder do Podemos, deputado federal Léo Moraes (RO). Já no Senado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), evitou entrar na discussão,,
No Supremo Tribunal Federal o ato compartilhado por Bolsonaro, nas redes sociais foi condenado pelo ministro Celso de Mello que declarou: ' !Essa gravíssima conclamação, se realmente confirmada, revela a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato, de inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República, traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático”.
Na úíltima quarta-feira (26/02) enquanto o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o vice-presidente Hamilton Mourão tentatavam se desvencilhar da comvoção , o filho do Chefe do Executivo, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) jogava lenha na foqueira.
Em seu Twitter, Eduardo escreveu:“Se houvesse uma bomba H (de hidrogênio) no Congresso, você realmente acha que o povo choraria?”, indagou a uma repórter . A mesma opinião do deputado fpi compartilhada pela atriz Regina Duarte, futura ministra da Cultura. Regina, que é filha de militar e há 20 anos pecuarista, usou suas redes sociais para apoiar o chamamento para manifestação em favor do governo e contra o Congresso e o STF: “15 de março. Gen Heleno Cap Bolsonaro. O Brasil é nosso. Não dos políticos de sempre. Nas ruas," escreveu.
O Conselheiro de Bolsonaro , Valdir Ferraz, também compartilhou em seu WhatsApp críticas ao Congresso e ao Supremo e se posicionou a favor do AI-5, postando imagens da convocação.
Na última quarta-feira (26/2), o PSol protocolou um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro na Procuradoria-Geral da República. Pediu apuração dos fatos, a origem, o financiamento e a produção do vídeo divulgado e punição dos culpado
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, também divulgou uma nota, dizendo que é "grave e inadmissível "a atitude do presidente ao usar seu poder para viabilizar atos que pretendem fragilizar a democracia, ao atacar as instituições. "Por isso, são essenciais a manifestação e o alerta de todos os democratas e da sociedade civil, a fim de conter essas ameaças, finalizou."
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também reagiu à atitude do vídeo governista e afirmou que a Igreja Católica não pode endossar medidas antidemocráticas.
Com informações do Correio Braziliense