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"As decisões do presidente da republica em relação à saúde publica não atravessam as fronteiras de Goiás", diz Caiado

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) declarou em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (25) que o decreto estadual de quarentena ainda está em voga no estado, mesmo após o pronunciamento do presidente Bolsonaro, na noite de ontem (24), que pedia fim do isolamento social em prol da economia.

"Eu respondo por 7 milhões e duzentos mil goianos, sou eu Ronaldo Caiado, e reafirmo, o meu decreto vai prevalecer em Goiás, as decisões do presidente da republica em relação à saúde publica não atravessam as fronteiras de Goiás e não atingem os 7 milhões e duzentos mil goianos", afirmou o governador.

O Decreto nº 9.633, de 13 de março de 2020, determinou a suspensão por um período de 15 dias, de todas as atividades em feiras, incluindo feiras livres, shoppings centers e nos estabelecimentos situados em galerias ou polos comercias de rua e atrativos de compras. Estabeleceu também a paralização de cinemas, clubes, academias, bares, restaurantes, boates, teatros, casas de espetáculos e clínicas de estéticas, além das aulas na rede publica e privada.

Caiado ainda legitimou sua postura. "Como Governador do estado de Goiás, me é conferido pela Constituição Brasileira, no seu artigo 24, no seu inciso 12, que propõe a todos os governadores o direito de legislar, de forma concorrente com a União, quando se trata de saúde publica."

O líder criticou severamente a postura de Bolsonaro. "Não posso admitir que venha agora um presidente da republica lavar as mãos e responsabilizar outras pessoas por um colapso econômico, uma falência de empresas que amanhã vem a acontecer , não faz parte da postura de um governante, um estadista tem que ter coragem de assumir as responsabilidades no momento que passa. Se existe falhas na economia, não tente responsabilizar outras pessoas."

Questionado se o decreto estadual será estendido, o governador declarou que ele e sua equipe estão analisando a curva de crescimento do coronavírus em Goiás e até o dia 4 de abril, fim do período de quarentena, poderão rever se há a possibilidade de "flexibilizar as restrições".

Além disso, Ronaldo Caiado (DEM) alertou as pessoas a ficarem em casa e a não visitarem cidades históricas para não colocar em risco a população, devido à falta de estrutura hospitalar nas regiões do interior do estado.

Assista a coletiva do governador sobre o pronunciamento do presidente:

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