Na última segunda-feira (27/4) o ministro Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito sobre as declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante coletiva de imprensa, realizada na última sexta-feira (24) quando pediu demissão do cargo.
Durante a coletiva o ex-ministro alegou que o presidente da República Jair Bolsonaro (Sem partido) supostamente tentou interferir em inquéritos da Polícia Federal (PF). Moro afirmou que o presidente optou por trocar o diretor-geral da PF, pois gostaria de ter acesso a informações das investigações envolvendo a família Bolsonaro.
Após as declarações de Moro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhou o pedido de abertura de inquérito ao STF, e o Celso de Mello foi sorteado como relator do pedido, o qual autorizo a abertura do processo ontem.
O decano afirmou que as acusações feitas por Moro tem relação com o exercício do cargo, e permite a investigação do atual presidente. Conforme o ministro, a Constituição não permite que o chefe do executivo seja investigado de forma alheia ao exercício do mandato.
A partir de agora vai ser preciso apresentar as provas do que foi dito durante a coletiva do ex-ministro. Aras solicitou que a linha de investigação do processo tenha início com o depoimento de Sergio Moro e que o ex-ministro mostre documentos que comprovem as declarações.
Entre as medidas que podem ser adotadas durante a condução das investigações é a quebra de sigilos telefônicos, para apurar a veracidade da troca de mensagens entre o presidente e o ex-ministro.
Após as declarações de Moro durante a coletiva de imprensa, o presidente da República, fez um pronunciamento no fim da tarde de sexta-feira (24) e afirmou que as não havia fundamento nas declarações do ex-ministro, e que não tentou interferir na PF.
*Com informações do G1