Visando auxiliar os trabalhadores autônomos do transporte escolar que estão parados há mais de 70 dias, por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), está articulando, junto à Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB-GO) e o governo estadual, algumas ações de caráter emergencial, com objetivo de respaldar os trabalhadores do setor diante do atual momento de crise. Uma dessas medidas é a viabilização de cestas básicas nos próximos três meses para atender cerca de dois mil profissionais da capital e do interior do estado.
De acordo com o chefe do Poder Legislativo, a distribuição de cestas básicas é uma alternativa de socorro rápido para estes trabalhadores que, devido às medidas de restrição para conter o avanço da doença, vêm sentindo os impactos financeiros negativos em suas economias. “Estamos sensibilizados com a situação dos profissionais do transporte escolar que estão sem trabalhar há mais de dois meses e que, por isso, estão enfrentando uma grande dificuldade financeira. Essas cestas básicas que estamos viabilizando junto à OCB e o Governo de Goiás é uma maneira de ajudar, em caráter de urgência, todos esses trabalhadores”, explicou.
Lissuaer ressaltou ainda que o Poder Legislativo está em diálogo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduce) para atender também os profissionais que atuam no transporte de alunos do interior do estado. “Nós iniciamos uma conversa com a Seduce para poder ajudar os trabalhadores dos outros municípios goianos que também estão parados. Queremos encontrar uma forma legal que possibilite o adiantamento de recursos ou uma mudança de contrato entre esses profissionais e a Secretaria de Educação durante esse período de pandemia”, salientou.
Crédito Especial
Além da distribuição de cestas básicas para os trabalhadores do transporte escolar, o presidente da Alego está articulando, junto à Goiás Fomento e a Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB-GO), a criação de uma linha de crédito especial para os profissionais da categoria. Outra proposta sugerida pelo chefe do Legislativo goiano é o estabelecimento de parceria entre os permissionários de vans e empresas para o transporte de funcionários. Ações que, segundo ele, vão ao encontro das necessidades destes trabalhadores neste momento.
“Além das cestas e da linha de crédito, também estamos finalizando um projeto para que empresas com mais de 15 funcionários contratem o transporte alternativo, incluindo as vans escolares, com todas as exigências de segurança. Isso vai reduzir a pressão sobre o transporte público das maiores cidades e também garantir uma renda para centenas de trabalhadores autônomos em Goiás”, afirmou Lissauer Vieira.
Para o presidente da OCB-GO, Luís Alberto Pereira, as iniciativas acordadas entre a instituição, o Poder Legislativo e o Governo de Goiás, visam atender, de forma urgente, as necessidades dos trabalhadores do transporte escolar “sem a necessidade de uma lei feita de afogadilho e sem uma maior discussão”, citando o projeto de autoria do deputado Alysson Lima (Solidariedade) que está em tramitação na Alego e que autoriza os proprietários autônomos de vans escolares e de turismo a realizarem serviços de transporte público complementar na região metropolitana de Goiânia.
“Defendíamos o projeto de lei como forma de viabilizar uma solução provisória para a categoria. Contudo, estamos buscando alternativas que resolvam o problema emergencial, sem necessidade de uma lei feita de afogadilho e sem uma maior discussão e detalhamento de como esse modelo de transporte iria funcionar. Precisamos agora é de oferecer soluções rápidas e viáveis para os trabalhadores do transporte escolar e de turismo”, afirmou o dirigente da OCB-GO.