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Mais um militar assume Ministério no governo Bolsonaro

Com a escolha de Pazuello, o governo Bolsonaro passa a ter 10 ministros militares. Dos 22 ministérios, 45% são ocupados por militares, número maior do que três dos cinco governos da ditadura militar (1964/1985).

O general Eduardo Pazuello assume interinamente o comando do Ministério da Saúde após a confirmação da saída do médico Nelson Teich, nesta sexta-feira (15). Teich ficou no cargo apenas 27 dias e pediu demissão hoje devido a divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Pazuello é natural do Rio de Janeiro, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984, tem formação de paraquedista, com graduação avançada de salto livre. Coordendor da Operação Acolhida, responsável pelos cuidados com refugiados venezuelanos na fronteira com Roraima.

Também esteve à frente da 12° Região Militar, no Amazonas e participou de operações na Selva, no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus (AM). O general ainda comanda a 12° RM no site da instituição. Ao deixar o comando para assumir a secretaria- executiva do Ministério da Saúde, Pazuello afirmou ao G1 que "não tem general na gaveta, não" e que retornaria ao posto assim que ajudasse Teich a organizar o ministério.

Em seu primeiro comunicado na condição de secretário, Pazuello considerou que, apesar da curva ascendente de mortes e casos registrados de Covid-19 no país, a situação estava "mais fácil" para a gestão Teich, em comparação com a do seu antecessor.

Colegas militares destacam o perfil "determinado" do general e elogiam o fato de Pazuello ter se colocado como solução transitória no governo, durante a pandemia do coronavírus. O ministro interino foi descrito como um " resolvedor de problemas", por um colega de turma no Curso de Comando e Estado- Maior do Exército e destacou: " se a parte da gestão e logística no Ministério da Saúde estiver enrolada, o Pazuello vai resolver".

O ex- ministro da Saúde, Nelson Teich elogiou Pazuello quando ele foi escolhido por Bolsonaro para ser o número 2 da pasta, em 22 de abril. "A impressão que tenho e que a gente tem que ser muito mais eficiente do que a gente é hoje. A gente tá falando de logística, compra e distribuição.

Ele é uma pessoa muito experiente nisso. É uma pessoa que vem trazendo contribuição num momento em que a gente corre contra o tempo. Não contra o tempo em relação só a Covid-19, mas em relação a como o país vai ficar, com o sistema de saúde vai ficar", considerou.

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