Pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro teriam informado ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que ele pode ser demitido nos próximos dias. A informações foi publicada no jornal Correio Braziliense e dá a entender que a demissão de Pontes pode ocorrer para que um nome ligado ao Centrão ocupe a pasta.
De acordo com a publicação o presidente poderia nomear o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab para o cargo, caso a exoneração de Pontes venha a se confirmar. No entanto, Kassab foi ministro durante o governo de Michel Temer e está há 500 dias afastados do cargo de secretário-chefe da Casa Civil de São Paulo, por ser alvo de uma ação da Polícia Federal (PF) acusado de receber propina do grupo JBS entre 2010 e 2016.
O periódico mostra que o principal problema para a nomeação de Kassab ao ministério é a investigação da qual ele é alvo. Enquanto a mesma segue em curso, o governo tenta levantar um outro nome para assumir a pasta, nome que pode ser indicado por Kassab para o ministério. Marcos Pontes é conhecido por ser o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, mas não vem sendo visto com bons olhos pela comunidade científica e de tecnologia por não ser mais firme nas perdas de verba que o setor vem sofrendo ultimamente.
Falta de posicionamento de Marcos Pontes sobre demissões em seu ministério desagradaram comunidade científica
Outro ponto que chama a atenção da atuação do ministro é a falta de posicionamento em relação as demissões na sua pasta, entre elas a do ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão.
Segundo a publicação a demissão de Marcos Pontes do cargo é tida como certa dentro do ministério, inclusive sua equipe já está ciente de que isto pode ocorrer a qualquer momento. Para o governo a troca seria a mais fácil, uma vez que não iria gerar outros capítulos durante a crise que afeta a política nacional. O ministro usou as redes sociais para negar as informações que pode ser o próximo a deixar o governo de Jair Bolsonaro.
Caso a troca ocorra a troca de mais um ministro do atual governo, essa será quarta durante a crise, afinal a primeira foi a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde (MS), em seguida do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e por fim de Nelson Teich que não ficou sequer um mês no lugar de Mandetta.