As críticas do presidente e de sua família, após a realização dos 29 mandados de busca e apreensão em relação e esfera do inquérito das fake news, contém encaminhamento para o Supremo Tribunal Federal (STF) e no ministro Alexandre de Moraes. Entretanto, o pedido para que fosse deflagrada a operação desta quarta-feira, 27, — e mesmo o requerimento para que as partes envolvidas fossem ouvidas para apuração — em contrapartida consequentemente foi uma demanda da Polícia Federal.
O relatório da PF descrito na decisão de Moraes: “Para a total constatação da autoria e materialidade do caso ora avaliado seriam essenciais as medidas de polícia judiciária, ou seja, apreensão dos dispositivos de informática (hardwares) e o exercício de perícia dos componentes e oitiva dos envolvidos.”
A Polícia Federal está no epicentro de outro inquérito aberto no STF após o ex-juiz Sergio Moro se afastar do Ministério da Justiça denunciando o presidente de tentar interferir no órgão. Em reunião ministerial que aconteceu na data de 22 de abril, que segundo Moro esclareceria a tentativa de Bolsonaro de supervisionar a PF, o presidente relatou: “Eu não vou aguardar f* a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder demitir, demiti o chefe! Não pode trocar a chefia? Troca o ministro! E acabou, ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira.”
Segundo informações da revista Veja, nesta quinta-feira, 28, ao deixa o Palácio do Alvorada, Bolsonaro disse “não existirá outro dia igual a ontem”. “Acabou, p*!”, disse aos gritos o presidente. “Não teremos outro dia como ontem, basta.” A PF concluiu mandados de busca e apreensão no inquérito das fake news que investiga ofensas, ataques e ameaças em desfavor de ministros do Supremo.
Na mira estava diante de políticos, empresários e ativistas bolsonaristas. Era precisamente o desconforto que Bolsonaro transmitia na reunião.