O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) vai ter o seu depoimento colhido pela Polícia Federal (PF), no inquérito que apura as supostas intervenções do presidente na PF. A afirmação foi feita pela própria Polícia Federal ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que é o relator do processo.
No ofício enviado para o relator do processo, a PF pede ainda a extensão de 30 dias no prazo, para conclusão do inquérito. Conforme publicação do jornal O Globo o órgão não precisa que o ministro autorize que os investigadores do caso colham o depoimento de Bolsonaro. Entretanto, o depoimento será marcado após a definição de um novo prazo para a investigação da suposta interferência na instituição por parte do presidente.
A publicação mostra que no documento enviado ao ministro Celso de Mello, existem pendências para colher o depoimento do presidente, que é o alvo da investigação. O documento não mostra se Bolsonaro vai prestar depoimento por escrito ou pessoalmente. Em outros casos em que os presidentes tiveram que prestar esclarecimentos à PF, como Michel Temer (MDB) o mesmo prestou depoimento por escrito.
Todavia Celso de Mello tem indicado que no caso que envolve Bolsonaro o procedimento a ser adotado poderá ser diferente. Segundo a legislação mostra, o presidente pode prestar depoimento por escrito ao ser testemunha de alguma investigação, todavia não há nenhuma regra nesse sentido, que falei do presidente ser ouvido como investigado.
Celso de Mello enviou para o procurador-geral da República, Augusto Aras, o documento sobre as ações da PF na última sexta-feira (29/5). Vale ressaltar que as investigações são conduzidas pela Polícia Federal e em casos anteriores como os envolvendo o ex-presidente Michel Temer foi a própria PF que colheu o depoimento sem a necessidade de intervenção da Procuradoria-Geral da República (PGR).