A Operação Fiat Lux, desdobrada da Operação Lava Jato, cumpre 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão, no início desta quinta-feira (25). Policiais Federais transitam as ruas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo em busca de responsáveis por contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear.
Um dos investigados na operação é o ministro, Silas Rondeau (MDB), das Minas e Energia entre 2005 e 2007. Além do ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes, filiado ao DEM, que também é alvo dos agentes. No início do mês, o STF condenou o ex-deputado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Já nesta operação de quinta-feira, o parlamentar foi acusado de receber R$ 3 milhões em propina juntamente com o engenheiro Luiz Carlos Batista Sá. Ele é outro alvo desta mesma investigação. A Lava Jato solicitou o confisco dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos morais e materiais causados no valor de R$ 207 milhões.
Durante a operação, foi constatado irregularidades no processo de licitação de obras da Usina Nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. Além disso, foi verificado a existência de um clube de empreiteiras que atuava para desviar recursos da Eletronuclear. Inclusive os atribuídos às obras da Usina Nuclear de Angra 3.
O sistema se parece com o que aconteceu na Petrobras, em que 16 empreiteiras concorriam entre si e separavam os contratos da estatal. O conjunto ficou conhecido como “Clube Vip”.
Dois homens foram levados para a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, até as 8h50. Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. A operação ocorre na capital, em Niterói e Petrópolis.
*Com informações do Metrópoles