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Procura por divórcio aumenta durante pandemia

Em entrevista concedida à Rádio Nacional neste sábado (20) a advogada da área de Família e Sucessões, Débora Guelman, apontou que houve um aumento do número de divórcios durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com ela a maior convivência em casa, ocasionada pela quarentena, provocou desgastes físicos e emocionais. As informações são da Agência Brasil.

"Esse isolamento social forçado pela pandemia aumenta o convívio entre os casais e justamente esse aumento do convívio gera conflitos. Por conta disso, a probabilidade de haver mais divórcios é muito maior", explicou Débora Guelman.

Guelman também argumentou que aproximadamente 70% dos pedidos de separação são de mulheres. A reclamação mais recorrente é a de excesso de afazeres, a jornada tripla. "Essas mulheres trabalham, cuidam dos filhos e cuidam da casa. Então, elas não aguentam relacionamentos machistas", justificou.

Segundo a reportagem da agência, existem dois tipos de divórcio. O "extrajudicial" é considerado mais. Por meio dele, os casais se separam mais rapidamente, pelo cartório e de forma amistosa. Por outro lado, também há o "judicial" ou "litigioso". Ele é realizado diante de um juiz. Ocorre quando questões mais complexas estão envolvidas, como: falta de concordância entre o casal, partilha de bens, pensão e guarda dos filhos, como enfatiza a Agência Brasil.

“Se divorciar não é um processo rápido, pelo contrário. É um processo demorado e muito doloroso. Principalmente no aspecto emocional e no aspecto financeiro. Então, essa decisão de se divorciar envolve diversos fatores, que são impedimentos até para pessoa efetivar esse divórcio. Normalmente, a pessoa pensa por um ano e meio, até dois anos, antes de se efetivar o pedido”, acrescenta a advogada.

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