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A Universidade de Brasília (UnB) expulsou 15 alunos acusados de fraudar o sistema de cotas raciais para ter acesso ao ensino público superior.
A reitora da UnB, Márcia Abrahão, assinou os documentos de expulsões nesta segunda-feira (13).
As investigações tiveram início em 2017, após cem estudantes da UnB enviarem à reitoria uma lista de denúncias de supostas fraudes.
Segundo a universidade, 73 foram descartadas por meio de uma avaliação preliminar.
Além das expulsões, a universidade anulou dois diplomas de fraudadores que já tinham se formado no curso de Direito. Outros oito estudantes, que haviam sido afastados da universidade por outros motivos, tiveram os créditos anulados no sistema.
As expulsões envolvem alunos de sete cursos:
- quatro estudantes de direito;
- quatro estudantes de medicina;
- três estudantes de ciências sociais;
- um estudante de letras - francês;
- um estudante de ciência da computação;
- um estudante de engenharia de software,
- um estudante de medicina veterinária.
A decisão é inédita na história da instituição e importante para inibir fraudes e valorizar a política de cotas, afirma o chefe de gabinete da Reitoria da UnB, Paulo César Marques.
"O mais importante é o efeito educativo que causou. Mostra que burlar não compensa e que a universidade está atenta."
A Procuradoria Federal junto à UnB avaliaram o relatório final do caso, que ainda pode ser levado à Justiça comum. "Todos os documentos serão encaminhados para o Ministério Público", afirma Paulo César Marques.
O inquérito interno foi encerrado ontem (13), após a assinatura da reitora Márcia Abrahão.
A UnB esclarece que todos os alunos suspeitos tiveram direito à ampla defesa e ao contraditório.
A universidade afirma ainda que "continua atenta a eventuais casos de fraude", que podem ser informados à ouvidoria ou às próprias direções dos cursos.
*Com informações do G1
