Durante uma videoconferência realizada ontem (10) pelo Conselho de Justiça (CNJ) o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão (PRTB), declarou que crimes ambientais deixam o país "vulnerável a campanhas difamatórias" que abrem espaço para barreiras comerciais "injustificáveis" contra o agronegócio brasileiro. A transmissão pela internet discutiu a agenda 2030 destinada ao desenvolvimento sustentável. As informações são do G1.
"A gente tem que fazer a nossa parte, mas também não pode aceitar ser qualificado como vilão em um mundo onde grande parte do hemisfério norte queima petróleo e carvão e quer nos culpar pela poluição atmosférica. Não é assim que funciona. Temos erros? Temos. Mas os outros também têm", ressaltou.
Conforme a publicação, o governo tem sido questionado sobre mudanças com relação às políticas ambientais. A pressão vem de investidores nacionais e de fora do país. O vice-presidente já conversou com empresários na tentativa de amenizar qualquer adversidade à imagem do Brasil.
De acordo coma reportagem, Mourão está à frente do Conselho Nacional da Amazônia Legal. Por meio da Operação Verde Brasil 2 o órgão coordena a ação das Forças Armadas no enfrentamento à crimes ambientais. Dentre eles queimadas e desmatamento.
Segundo o G1, ele pontuou que o país é uma "potência agroambiental" e que o resultado positivo das exportações está na confiança dos mercados internacionais nos "elevados padrões socioambientais" do agronegócio. Dessa forma, se mostra importante, conforme Mourão, o combate aos atos ilegais praticados contra o meio ambiente.
O site destaca que a revista científica Science apontou em julho que até 22% de soja e ao menos 17% da carne bovina geradas na Amazônia e no Cerrado e exportadas para a União Europeia podem ter sinais de desmatamento ilegal.