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Prefeito de Goianira está na mira do MPGO

O prefeito de Goianira Carlos Alberto Andrade Oliveira, conhecido como Carlão da FOx (PSDB) está na mira do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), com diversas ações civis públicas movida contra ele. Entre elas o descarte irregular de lixo, ceder área municipal pública por meio de permuta e o não chamamento dos aprovados em concurso feito pela Prefeitura.

Além dos processos já conhecidos contra Carlão, o prefeito estaria sendo investigado em mais três ações, devido a um loteamento na cidade. No qual os moradores denunciaram não haver infraestrutura para morar na região.

Entre os processos contra o gestor municipal está o do concurso público realizado inclusive pelo centro de seleção da Universidade Federal (UFG) com vagas para diversas áreas, no qual os candidatos aprovados tiveram a divulgação do resultado no meio do ano passado, mas não chegaram a serem chamados para ocupar os cargos.

Segundo levantado pela reportagem, após cinco meses do concurso, o prefeito fez um novo processo seletivo, mas com alteração nos cargos. Como não chamou os aprovados no processo, Carlão foi alvo de mais um processo do MPGO, no qual a decisão foi favorável aos aprovados, e o Juízo das Fazendas Públicas determinou a suspensão do processo seletivo no dia 10 de junho deste ano.

No entanto o prefeito não cumpriu a determinação judicial, e por descumprimento, foi determinada uma multa diária no valor de R$ 10 mil a ser paga pelo gestor.

O DM Online conseguiu entrar em contato com um dos aprovados no concurso, que não quis se identificar, e o mesmo revelou que tem medo de não ser chamado para o cargo que foi aprovado.

“Dedique meu tempo, estudo, acordando de madrugada para preparar para o TAF (Teste de Aptidão Física), pois como trabalho, acordava as 5 da manhã corria uma hora e ia para o trabalho. Chegava tarde em casa do trabalho e estudava até mais noite”.

Conforme o aprovado o medo dele não ser chamado é devido a enrolação e do prefeito não chamar os aprovados no concurso. “Tenho medo de não ser chamado, pelo prefeito querer fazer a população dependente dele para ser convocado. E a resposta é sempre a mesma, que a prefeitura não tem dinheiro para convocar, mas os contratos estão lá, então porque fez um processo, já que não tem dinheiro”, questiona.

Devido aos danos causados aos cofres da cidade, o MPGO determinou que os bens do prefeito e dos envolvidos fossem bloqueados até a ordem de R$ 3.257.727,49 para restituição ao erário público.

Descarte irregular de lixo também coloca prefeito de Goianira na corda bomba com o MPGO

Além dos processos envolvendo o concurso público da cidade, a permuta para ceder a área pública municipal (AMP), o caso que mais complica a situação do prefeito de Goianira, é o que envolve o lixão e descarte irregular de lixo na cidade.

Conforme a reportagem apurou foi pedido pelo MPGO que o prefeito seja considerado réu no processo, mas no acórdão feito o interrogatório, e os outros processos da ação criminal passam a ser de responsabilidade do juízo da Comarca de Goianira.

A reportagem tentou contato por telefone com a prefeitura de Goianira, em busca de um posicionamento do prefeito, mas até a publicação desta matéria não fomos atendidos. O espaço fica aberto para que o gestor possa se posicionar sobre o tema.

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