O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) efetivou ontem (16) o general Eduardo Pazuello como ministro da Saúde, após três meses e meio ocupando interinamente o cargo, desde a saída de Nelson Teich, em 15 de maio. A cerimônia de posse ocorreu no Palácio do Planalto.
Durante o evento, Bolsonaro mostrou uma caixa de hidroxicloroquina ao público. O medicamento é defendido pelo presidente como tratamento contra a Covid-19, mesmo sem respaldo científico. As informações são do G1.
Conforme a reportagem, durante o discurso ele se referiu à si mesmo como "doutor Bolsonaro". A declaração foi feita quando perguntou ao presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se havia feito uso da cloroquina quando foi diagnosticado com o novo coronavírus.
"Prezado Davi, como o senhor não procurou o doutor Bolsonaro, você não tomou a cloroquina. Mas, com toda a certeza, você ficou preocupado com o vírus, né?", questionou Bolsonaro.
De acordo com o presidente, o uso do medicamento no início do diagnóstico positivo fez que os servidores do Plantalto não evoluíssem para um quadro mais grave da doença.
"Neste prédio, aqui, aproximadamente, 200 pessoas foram acometidas pelo vírus. Não tive informação de nenhuma que foi sequer hospitalizada, porque, em grande parte, tomaram, não o 'remédio do Bolsonaro', mas o remédio que tinham", completou, com uma embalagem de cloroquina na mão.