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POLÍTICA

Fraudes no Ibama: presidente da Fieg, Sandro Mabel é alvo de operação da PF

O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) e ex-deputado federal por Goiás Sandro Mabel foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal nesta terça-feira (15).

Durante a realização da operação Tokens, que investiga fraudes em certificados digitais de fiscais e gestores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O político tem uma propriedade no município de Canabrava do Norte, em Mato Grosso, e foi alvo de mandado judicial em Goiânia (GO).

Justiça

A Justiça expediu cinco mandados de prisão para cumprimento em Goiás. De acordo com a Polícia Federal, os alvos são integrantes de dois "núcleos": os falsificadores e os estelionatários. 

Eles agiam em um esquema para beneficiar donos de terras - terceiro e último núcleo - embargadas na região chamada de Amazônia Legal. O prejuízo estimado é de R$ 150 milhões.

Os agentes executam quatro ordens de prisão em Goiânia e uma em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. 

No estado, ainda são cumpridos 10 dos 48 mandados de busca e apreensão - na capital (8), Aparecida de Goiânia(1) e Caldas Novas (1), no sul do estado.

Estados

Também há mandados sendo cumpridos nos seguintes estados: Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal.

PF

Segundo a PF, os presos tinham como função falsificar documentos de verdadeiros servidores do Ibama e, de posse desses, obter certificados digitais (tokens) para desembargar propriedades autuadas e emitir certidões negativas.

Essas fraudes, segundo a PF, beneficiavam propriedades rurais no Pará e Mato Grosso. A corporação explica que essas áreas estão localizadas em regiões “sensíveis” da Amazônia Legal.

A estimativa é de que a fraude tenha causado um prejuízo de R$ 150 milhões para a União, em multas não pagas e descumprimento de embargos em áreas ambientais.

Crimes

Os envolvidos podem responder por crimes contra o meio ambiente, estelionato, uso de documento falso, alteração de sistemas de dados, descumprimento de ordens de embargos, prevaricação (funcionário público que age por interesse próprio no exercício do cargo) e corrupção. As penas podem chegar a 12 anos, além de multa.

*Com informações do G1

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