Na última segunda-feira (28), a Procuradoria-Geral da República (PGR) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que arquivou a apuração preliminar sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), no caso das investigações sobre Fake News.
Anteriormente, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) havia feito uma representação contra a família Bolsonaro ao Supremo - que gerou a abertura da apuração preliminar pela PGR, após investigações do Facebook envolvendo perfis ligados ao PSL e a gabinetes da família Bolsonaro.
Na ocasião, o Facebook retirou do ar 35 contas, 14 páginas e 1 grupo além de outras 38 contas no Instagram. A empresa afirmou ter identificado perfis falsos e com "comportamento inautêntico". Nas investigações da rede social foram encontradas ligações de pessoas associadas ao PSL e a alguns dos funcionários nos gabinetes de Eduardo, de Flávio e do presidente da República.
Para a deputada há fortes indícios de prática de inúmeras ações delitivas supostamente praticadas por Bolsonaro, seus filhos e aliados. A parlamentar pediu ainda que a notícia-crime fosse incluída no inquérito das Fake News, que investiga a disseminação de notícias falsas e os ataques contra ministros do STF.
Por sua vez, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, em parecer ao Supremo, declarou que por estes fatos não há elementos que justifiquem o início formal de uma investigação contra a família Bolsonaro.
“A ausência de fatos concretos que possam ser efetivamente atribuídos aos noticiados [Bolsonaro, Flávio e Eduardo] inviabiliza, portanto, a instauração de procedimento próprio. Destaque-se que nem mesmo o Facebook adotou qualquer medida em face deles, como seria o caso, por exemplo, da retirada das respectivas contas oficiais”.
*Com informações do G1.