Um ataque hacker ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região tirou do ar o sistema do maior tribunal do País. Na última sexta-feira (27), os portais da Justiça Federal do DF e de mais 13 estados ficaram inoperantes.
Em nota, a administração do tribunal confirmou a invasão do hacker, e disse que, tomou ciência do acesso indevido ao seu ambiente de dados às 19h de quinta-feira (26), e, por isso decidiu colocar todo o sistema em modo restrito impedindo qualquer tipo de acesso.
"A equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação deste Tribunal Regional Federal permanece trabalhando e espera, já neste sábado, dia 28 de novembro de 2020, iniciar, de forma gradativa, o restabelecimento dos serviços de TI para acesso externo, à medida que for garantida a segurança adequada." Diz a nota.
A corte informou que, levando em consideração a gravidade do ocorrido, já "adotou as medidas jurídicas destinadas à pronta apuração dos fatos" . E apesar do acesso de pessoas não autorizadas ao sistema, não foram encontradas a existência de danos ao ambiente computacional do tribunal.
O TRF -1 reúne processos do DF e de mais 13 estados:
- Acre
- Amazonas
- Roraima
- Rondônia
- Amapá
- Pará
- Mato Grosso
- Tocantins
- Maranhão
- Piauí
- Bahia
- Minas Gerais
- Goiás
Esta não é a primeira vez que um tribunal aqui no Brasil, sofre ataque cibernético. No dia 3 de Novembro, o sistema de informática do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi alvo de ataque de hackers. Na ocasião, a corte acionou a Polícia Federal para investigar o caso.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, defendeu a necessidade de aprimoramentos nos sistemas digitais do Poder Judiciário.
Segundo o ministro, os ajustes são necessários porque ainda está em andamento o projeto de Juízo 100% Digital, que prevê a realização de todos os atos processuais exclusivamente por meio eletrônico e de maneira remota.
Na mesma semana, no dia 5 de Novembro, a Secretaria de Economia do Distrito Federal identificou uma nova tentativa de ataque ao sistema do Governo do DF, o chamado GDFNet. O sistema de comunicação do Ministério da Saúde ficou fora do ar no mesmo dia, deixando o órgão sem internet, telefone fixo e e-mails corporativos.