A Polícia Federal (PF), abriu um inquérito para apurar suspeitas de tráfico de influência envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
A suspeita é de que Renan Bolsonaro tem atuado para marcar reuniões e abrir portas no Governo Federal, para empresas privadas.
Após representações de parlamentares da oposição, o caso que começou ser apurado na Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF), foi enviado à PF e o inquérito policial está na Superintendência do Distrito Federal.
Jair Renan foi presenteado com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil, por uma equipe empresarial que atua nos setores de mineração e construção e tem interesse junto ao governo Federal.
Um mês após está doação, representantes da Gramazine Granitos e Mármores Thomazini, conseguiram um espaço na agenda do Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O encontro foi marcado à pedido de um assessor especial da presidência e contou com a presença de Jair Renan.
Desde setembro de 2019, a firma recebe um benefício fiscal de 75% no pagamento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), válido até 2028 e concedido pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Este é um benefício bem diferente do praticado pela maioria das empresas brasileiras, e tem apenas 25% do Imposto devido pago.
Um levantamento no Diário Oficial da União, mostra que o grupo que é composto por 17 mineradoras, já recebeu em 2021, pelo menos 15 autorizações da Agência Nacional de Mineração (ANM), para prospectar novas áreas.
A investigação ainda está em estágio inicial e a abertura do inquérito foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo e confirmado pelo Globo.