O Ministério da Saúde divulgou na quinta-feira (4) o planejamento de vacinação contra a covid-19. No entanto, o plano foi questionado pelo secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), Rodney Miranda, pelo fato de os presos estarem à frente dos agentes de segurança. De acordo com a SSPGO, o colegiado será acionado para que decisão seja discutida com ministros.
Além disso, Rodney demonstrou insatisfação com o plano de vacinação, uma vez 33 dos 20 mil servidores das forças de segurança, morreram em decorrência da covid-19. Já na população carcerária, foram contabilizadas cinco mortes dentre os 23 mil presos. Em entrevista ao Diário da Manhã, Rodney afirma uma vez isolados, os presos seguem protocolos rígidos para que não se contaminem.
"Os profissionais da segurança pública estão desde o início na linha de frente da crise do Covid. Têm que estar nas ruas, transportam doentes, têm que ir a hospitais e não podem fazer homeoffice, ou seja estão em permanente situação de risco”, reitera.
Calendário de vacinação
Deste modo, o titular da SSPGO disse que não seguirá o planejamento divulgado pelo Ministério da Saúde. De modo que já foi consentido pelos demais secretários uma tentativa para equacionar a situação junto de Eduardo Pazuello.
"Esperamos por uma resposta do Ministério da Saúde à nossa reivindicação, já que os detentos estão tendo muito menos óbitos", afirma Rodney.
Por outro lado, o secretário ressaltou que os presos estão quatro posições à frente das forças policiais. De acordo com Rodney, é necessário priorizar os servidores que atuam na linha de frente da segurança pública.
"Não há como a gente se recolher e esperar a vacina. Diante das perdas que nós estamos tendo nacionalmente (...), mandamos um ofício para o Ministério da Saúde e para o Ministério da Segurança Pública. Em ambos solicitando a priorização dos servidores", destaca.
Deste modo, seguirá o plano de vacinação de idosos em ordem decrescente da faixa etária.