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POLÍTICA

CPI da Covid deve chamar cientistas e médicos críticos do governo

Alguns nomes de cientistas e médicos mais renomados do país, podem figurar ao lado de políticos na lista preliminar de trabalho da CPI da Covid no senado.

Há uma grande expectativa de algumas pessoas, se convidados, nomes como Natália Pasternak, Átila Lamarino, Margareth Dalcolmo e Miguel Nicolelis, reforcem os alertas dados pela classe científica brasileira ao longo da pandemia sobre a necessidade de se usar máscara, de se impor isolamento social e, especialmente, de se investir em vacinas, e não em tratamentos sem eficácia comprovada.

Tendo seus trabalhos reconhecidos na medicina, os quatro são unânime sobre as críticas do governo federal. Todos eles já declararam que faltaram liderança e planejamento nacional para reduzir a transmissão e mortes pelo novo coronavírus.

Pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth foi uma das pioneiras no atendimento a doentes de covid-19 no Brasil. Diretamente envolvida na produção de vacinas, ela responsabiliza a diplomacia brasileira pela demora na chegada dos insumos necessários à produção das vacinas.

"A absoluta incompetência diplomática do Brasil não permite que cada um dos senhores aqui presentes e aqueles que vocês amam estejam amanhã ou nos próximos meses recebendo a única solução que há para uma doença como a covid-19", disse Margareth no mês de janeiro.

Já o médico Átila Lamarino, doutor em Microbiologia e dono de um canal no YouTube sobre ciência, o médico é um crítico do uso da cloroquina e demais medicamentos que compõem o ''Kit Covid''.  ''Tem bastante o que investigar", afirmou o médico, sobre a CPI.

A bióloga Natália Pasternak já afirmou que negar a realidade virou a principal, se não a única, estratégia do governo. "Bolsonaro receita remédio que não funciona e faz estoque de cloroquina, num claro desperdício de dinheiro público. Não usa máscara e reafirma que evitar aglomerações não faz diferença para impedir o contágio'', afirma a bióloga.

Em entrevista ao blog Inconsciente Coletivo, do Estadão o médico Miguel Nicolelis, disse em março, que o Brasil é hoje uma "ameaça global". Sobre a CPI, afirmou que está à disposição para dar sua contribuição e cumprir um "dever cívico".

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