O governador Ronaldo Caiado (DEM) manteve a maior popularidade na internet dentre políticos goianos, mesmo com a tomada de decisões duras como a divulgação do último decreto de fechamento de 14 dias para conter a segunda onda da pandemia de coronavírus.
É o que mostra estudo da Quaest Consultoria e Pesquisa, que analisou, a pedido de “O Popular”, o desempenho de alguns dos gestores municipais. O estudo revela que Caiado é o político com maior presença digital, tendo mais do que o dobro dos demais.
O estudo mede fama, engajamento, mobilização, valência e interesse – métricas usadas para analisar a proeminência do político nas redes sociais.
Durante o momento mais tenso da pandemia, o governador foi criticado principalmente por comerciantes e pessoas que, mesmo cientes da gravidade da segunda onda, optaram em defender interesses classistas em vez do interesse mais amplo, que estava amparado em relatórios científicos.
Em janeiro, em momento mais brando da pandemia, Caiado apresentou um Índice de Popularidade Digital (IPD) de 81,3. No mês seguinte, conseguiu estabilidade, com 81,34. No mês do decreto, Caiado registrou 70,61 nos parâmetros medidos pela Quaest.
A Quaest, em outros levantamentos científicos, antes mesmo da pandemia, apontou a liderança de Caiado dentre os governadores do país. No epicentro das discussões de quarentenas e vacinações, Caiado tornou-se ainda mais popular
Em comparação com prefeitos, existe uma diferença de resultados, que revela percepções diferentes dos seguidores e interlocutores com os seus gestores.
Roberto Naves (PP), por exemplo, conseguiu aumentar sua popularidade, ainda que tenha adotado o decreto estadual, o mesmo de Ronaldo Caiado. Em janeiro, ele registrou 22,45; fevereiro, 24, 43 e em março deu um salto para 33,32.
A popularidade nas redes sociais revela em parte a imagem pública de um político. E as redes revelam Naves, dentre os prefeitos, como um político em ascensão na internet, com grande interatividade.
O prefeito Paulo do Vale (DEM), de Rio Verde, também revelou uma grande diferença de popularidade nos últimos três meses – teve um pico e queda, fato que deve despertar um acompanhamento em seu desempenho. O gestor teve IPD de 37,31 em janeiro. Em fevereiro, subiu para 46,18. Mas no mês que a segunda onda da pandemia teve maior impacto na sociedade ele registrou uma queda abrupta para 27,83.
O prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto (DEM), apresenta o quadro mais equilibrado em relação aos três meses: 26,02 em janeiro; 27 em fevereiro e IPD de 26,28, em março.
Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, teve 33,8 em janeiro. Apesar de fevereiro marcar uma queda de IPD, 30,59, ele subiu em março para 36,64.
O gestor de Goiânia Rogério Cruz(Republicanos), em primeiro mandato, registrou 19,32 em janeiro; 22,97 em fevereiro e 20,24 em março.
OUTROS
O levantamento analisou ainda outros políticos de Goiás e do Centro Oeste. Marquinhos Trad (PSD), prefeito de Campo Grande (MS), teve desempenho de 57,17 em janeiro; 47,3 em fevereiro e 53,31 em março.
Presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Viera (PSB) aumentou seu desempenho: 14,61 em janeiro, 16,64 em fevereiro e 21,15 em março.