O prefeito de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), confirmou nesta terça-feira, 05, em audiência no Senado que um pastor cobrou dele um quilo de ouro em troca de conseguir liberação de recursos no Ministério da Educação (MEC).
"Até então, eu não conhecia o ministro da Educação. O pastor estava, sim, sentado à mesa na hora da palestra no MEC e, em seguida, nós fomos para esse almoço. E, lá nesse almoço, que não estava o ministro, só estavam os dois pastores, tinha uma faixa de uns 20 a 30 prefeitos. E a conversa era muito bem aberta. Ele virou para mim e disse: 'Cadê suas demandas?'. E ele falou rapidamente: 'Você vai me arrumar os 15 mil para eu protocolar as demandas e depois que o recurso tiver empenhado, depois, como a sua região é de mineração, vai me trazer 1 quilo de ouro'. Eu não disse nem que sim nem que não, me afastei da mesa e fui almoçar", disse Gilberto Braga.
O nome do pastor foi citado pelo ministro Milton Ribeiro em áudios divulgados na imprensa. Nas gravações, o chefe do MEC indica que a prioridade de repasse de verbas seria ditada por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Depois, um novo áudio do Ministério foi divulgado negando os favorecimentos.
Conforme as denúncias dos prefeitos, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos integravam, o chamado "gabinete paralelo" do MEC, tendo trânsito livre na pasta e exercendo influência sobre a destinação de verbas da pasta e também sobre a agenda do então ministro Milton Ribeiro.
Com informações do G1
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