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Janones e Bivar sinalizam desistência e apoio a Lula

Nas redes sociais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e o deputado federal André Janones (Avante), ambos candidatos à presidência da República, têm trocado gentilezas e sinalizado uma possível aliança. O deputado defendeu em seu Twitter o valor de R$ 600 reais para o Auxílio Brasil de maneira permanente e “sem fazer disso moeda de troca em período eleitoral”.

Lula respondeu à publicação e afirmou que estava feliz com o posicionamento e que essa é uma causa que o motiva na política. “Estamos juntos nisso. Vamos conversar”, escreveu o petista na última quinta-feira, 28.

“Bolsonaro me bloqueou, Ciro não aceitou encontrar comigo, Tebet ignorou por completo minha existência, enquanto aquele que lidera as pesquisas pediu publicamente pra conversar comigo. Humildade e democracia andam lado a lado. Convite aceito. Vamos conversar”, respondeu o parlamentar. “Combinado. Política se faz com diálogo e juntando pessoas pelo bem comum. Vou te ligar“, retrucou Lula.

Questionado se estaria disposto a desistir de sua candidatura em apoio ao ex-presidente, Janones voltou às redes sociais para se explicar. “Caso o plano de governo com chances de vitória venha encapar essas propostas que a mim são caras, entendo caso não haja o aceite, mas caso eu seja surpreendido positivamente eu não me oponho a abdicar da minha candidatura. Até lá, cumpro todos as minhas agendas como candidato”, declarou.

O candidato do Avante também afirmou que não fez esta aproximação em busca de cargos ou ministérios em um futuro governo petista. Na última pesquisa de intenção de voto publicada pelo Datafolha, Janones teve apenas 1% das intenções de voto.

Luciano Bivar

Quem também segue entre os nanicos, e dá indicações de que vai abandonar a própria candidatura para apoiar Lula é Luciano Bivar (União Brasil). O anúncio ainda não ocorreu, mas negociações entre o PT e o União Brasil estariam à todo vapor. O termo da desistência de Bivar seria que em 2023 o deputado federal recebesse apoio da federação formada pelo PT para disputar a presidência da Câmara dos Deputados no Congresso Nacional.

Caiado reage

O governador Ronaldo Caiado (UB) descartou possibilidade de apoio do União Brasil ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A especulação surgiu depois que o presidente nacional do partido, Luciano Bivar, recuou da candidatura para presidente. "Isso não existe", disse, ao jornal O Popular, o governador, que foi oposição aos governos petistas quando era deputado federal e quando foi senador da República.

A desistência de Bivar surgiu junto com a especulação de que o União Brasil poderia apoiar Lula ainda no primeiro turno da disputa pela Presidência da República.

Caiado disse que a desistência de Bivar também já era esperada. "Já estava sendo esperado mais ou menos esse assunto, o partido vai reunir e nós vamos tomar uma decisão", disse o governador.

Ciro Gomes diz que será a última disputa ao Planalto

O candidato do PDT à Presidência da República Ciro Gomes, que ocupa o terceiro lugar nas pesquisas e tenta romper a lógica de polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula, fez declarações sobre o candidato petista: “É um debate conceitual. Vão dizer que o Ciro atacou o Lula na reunião da SBPC, cansei de dizer que é uma boa pessoa, andei com ele o tempo todo. Eu estou atacando ideias políticas e equívocos grosseiros, graves e criminosos”.

O ex-ministro da Fazenda no Governo Itamar Franco e ex-governador do Ceará confirmou que se manterá no pleito, mas que essa é sua última eleição à presidência da República. “Quero prosseguir com o debate sobre o futuro do país. O povo brasileiro não pode ser penalizado com esse modelo econômico cruel. Temos que buscar uma saída”.

Ciro Gomes: sem definição sobre nome para vice

Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT, afirmou neste sábado (30) que a decisão sobre o nome de seu vice será tomada em 5 de agosto, último dia de prazo para o registro das chapas. Segundo o pedetista, a decisão foi adiada porque há “pessoas que estão pedindo isso fora do partido”. Durante evento do PDT no Rio Grande do Sul, Ciro voltou a citar legendas como União Brasil, PSD e PSDB.

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