Os atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, deixaram rastros de destruição. Os golpistas, que reivindicavam o fechamento do STF, tentaram invadir o prédio do tribunal e atacaram a sede do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
O STF reagiu com firmeza aos atos, prometendo punição severa aos responsáveis. A então presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, disse que os atos foram "um ataque à democracia" e que o STF "não tolerará nenhum tipo de ameaça às instituições democráticas".
A ministra afirmou ainda que a ação do STF foi necessária para "garantir a segurança das instituições democráticas".
Ainda no dia 8 de janeiro, 243 pessoas foram presas em frente aos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. No dia seguinte, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que foi posteriormente confirmada pelo Plenário.
A decisão do STF de afastar o governador foi tomada após a constatação de que ele teria participado dos atos antidemocráticos e teria incentivado a violência.
A Polícia Federal continua investigando os atos antidemocráticos e já identificou mais de 100 pessoas envolvidas.
Os atos antidemocráticos de 8 de janeiro foram um grave atentado à democracia brasileira. Eles representam uma tentativa de grupos extremistas de subverter o Estado Democrático de Direito. A decisão do STF de punir os responsáveis por esses atos é um sinal de que o tribunal está comprometido com a defesa da democracia.
Em agosto de 2023, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu por 120 dias a tramitação de 1.113 ações penais relacionadas aos atos de 8 de janeiro para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliasse a possibilidade de celebrar acordos de não persecução penal (ANPP) com os investigados que não participaram diretamente dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
Em dezembro de 2023, o ministro validou 38 acordos. Além de confessar os crimes, os réus se comprometeram a cumprir 300 horas de serviços à comunidade ou a entidades públicas, a não cometer delitos semelhantes, a pagar multa e a participar, presencialmente, de um curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.
Bolsonaristas fanáticos foram usados como massa de manobra pela extrema-direita para a tentativa de Golpe de Estado
No domingo, 8 de janeiro de 2023, grupos criminosos bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes da República em Brasília. O ataque às sedes dos três Poderes foi um evento sem precedentes na história do Brasil.
Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas, incluindo fuzis e pistolas.
A invasão das sedes dos três Poderes foi um ataque à democracia brasileira. Os terroristas queriam derrubar o governo e instaurar uma ditadura. Seu ato de violência foi um insulto a todos os brasileiros que acreditam na democracia.
Bolsonaristas em deplorável estado de saúde mental tentaram contato com extraterrestres para manejar o golpe
Golpistas usaram lanternas de celular e um painel de led com a mensagem 'SOS' para tentar se comunicar com alienígenas.
Sem conseguir contato com alienígenas, Bolsonaristas cantaram o Hino Nacional para um pneu de trator
A cena pífia mostra apoiadores de Bolsonaro cantando o Hino Nacional para um pneu. A cena ocorreu em em Irati, no Paraná, onde os bolsonaristas faziam bloqueio parcial da BR 277.
Transtornado, um dos Bolsonaristas fanáticos se pendurou em um caminhão em movimento
Bolsonaristas comemoraram a prisão fake do Ministro Alexandre de Moraes
Golpistas comemoraram aos gritos, após receberem um vídeo fake que relatava a suposta prisão do ministro Alexandre de Moraes, visto como desafeto de Bolsonaro.
Plano para sequestrar, enforcar e matar em praça pública o Ministro Alexandre de Moraes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou durante uma entrevista que havia um plano entre os autores dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de enforcá-lo na Praça dos Três Poderes.
A entrevista faz parte de uma série de reportagens sobre os ataques do dia 8 de janeiro, quando eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, promoveram atos de vandalismo ao invadir os prédios dos Três Poderes em Brasília. Alexandre de Moraes que também é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e relator do processo dos atos antidemocráticos.
O ministro afirmou que os golpistas tinham três planos contra ele. "Um plano com duas vertentes e um terceiro plano. No primeiro plano era as Forças Especiais, em um domingo, 100 pessoas das Forças Especiais em Goiânia, viriam, me prenderiam e me levariam para Goiânia. A segunda era, no meio do caminho, eles se livrariam do corpo e não seria propriamente uma prisão, seria um homicídio. E a terceira, ai já os mais exaltados defendeu que após o golpe eu deveria ser preso e enforcado aqui na Praça dos Três Poderes", narra o ministro.
Os que antes diziam que Direitos Humanos eram 'direitos dos manos', um ano depois, suplicam por Direitos Humanos, após conhecerem a realidade carcerária do Brasil
Isoladas politicamente devido aos ataques aos três poderes, lideranças bolsonaristas vêm enfrentando cobranças de sua base, que expressa temores de ser abandonada em meio à responsabilização dos extremistas. Essa pressão é evidente até mesmo dentro do cárcere.
'Direitos humanos agora! Socorro, Damares! Socorro, Carla Zambelli! Michelle Bolsonaro, 'te mexe', mulher!', grita uma mulher, identificada nos grupos como uma das presas em Brasília, em um banheiro com um aparente vazamento. 'Aqui ninguém é milico para fazer treinamento de guerra. A gente não é treinado para isso. Precisamos de respeito', ela adiciona.
Nas listas bolsonaristas no Telegram, surgiram diversos relatos. Em uma das mensagens, uma mulher de meia-idade expressa sua indignação com a situação de prisão: ''Estamos praticamente presos aqui'', disse ela, parecendo ignorar a realidade da prisão, 'e não tem nem um café para a gente.''
O STF instaurou 1.354 ações penais contra os envolvidos nos atos antidemocráticos. Até o momento, 30 pessoas foram condenadas por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Faltam cerca de 200 denunciados para ser julgados.