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A denúncia contra o senador Sérgio Moro e contra o deputado federal Deltan Dallagnol, vai ser apurada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão é do ministro Ricardo Lewandoswki em seu último ato como membro da corte, e foi tomada um dia antes de sua aposentadoria como ministro, marcada para essa terça-feira, 11.
Em depoimento na 13ª Vara de Curitiba, o advogado Taclan Duran afirmou que teve que pagar para não ser preso, e entregou fotos, vídeos e áudios, que mostram uma tentativa de extorsão dos agora parlamentares, que atuaram como juiz e procurador da Lava Jato na ocasião.
O juiz Eduardo Appio após ouvir as declarações de Duran, determinou que as acusações fossem enviadas para o STF. O ministro Ricardo Lewandowski foi escolhido para julgar se o que o advogado disse seria julgado pelo Supremo ou por outra corte.
A decisão de Lewandowski foi tomada na segunda-feira, 10, após analisar o parecer enviado pela Procuradoria Geral da República (PGR). No parecer, a procuradoria afirmou que o caso tem que ficar no STF, por se tratar de pessoas com foro privilegiado. Outro ponto citado na decisão, é que o ex-juiz Sérgio Moro e ex-ministro da Justiça, usou a sua atribuição como ministro para se envolver nos casos envolvendo o advogado Taclan Duran.
Os dois parlamentares foram procurados para falar sobre a decisão do ministro, mas não se pronunciaram sobre o caso até o momento. Vale ressaltar que com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, o seu sucessor no STF vai herdar o caso para investigar o senador e o deputado.
