Política

Bancada evangélica no congresso enfrenta divisão inédita e escolhe novo líder nesta terça-feira (25)

Redação DM

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 17:31 | Atualizado há 2 meses

A frente parlamentar evangélica do Congresso Nacional, composta por parlamentares de diferentes denominações religiosas, realiza nesta terça-feira (25) uma eleição para definir seu novo líder. Pela primeira vez desde sua criação em 2003, o grupo não conseguiu chegar a um consenso, resultando em uma disputa interna. A votação acontece em um momento de divisão dentro da bancada, especialmente sobre sua relação com o governo federal.

OS CANDIDATOS NA DISPUTA

Três parlamentares concorrem ao cargo de líder da bancada evangélica:

Otoni de Paula (MDB-RJ): Deputado ligado à assembleia de deus de madureira, tem se aproximado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua postura mais aberta ao diálogo com o palácio do planalto gerou críticas dentro do grupo, especialmente entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Gilberto Nascimento (PSD-SP): Também da assembleia de deus de madureira, tem o apoio da ala mais conservadora da bancada e é visto como uma opção mais alinhada ao bolsonarismo. Sua candidatura tem a adesão de deputados que desejam manter a postura crítica ao governo Lula.

Greyce Elias (Avante-MG): Da igreja Sara Nossa Terra, aparece como uma alternativa ao embate entre as alas lulista e bolsonarista. Especulações indicam que ela pode retirar sua candidatura para apoiar Nascimento, mas a deputada nega essa possibilidade.

DIVISÃO DA BANCADA E IMPACTOS POLÍTICOS

A eleição ocorre em um contexto de debate interno sobre a postura da bancada evangélica diante do governo federal. Enquanto Otoni de Paula tem adotado um tom mais conciliador, participando de eventos no palácio do planalto e elogiando Lula, Gilberto Nascimento defende uma abordagem mais cautelosa, sem se posicionar claramente como opositor ou aliado do governo.

A votação será secreta, utilizando urna eletrônica, e contará com a participação de aproximadamente 70 parlamentares. Atualmente, a frente parlamentar evangélica conta com 245 signatários, mas apenas 117 são considerados ativos por pertencerem a alguma igreja.

O resultado da eleição pode influenciar diretamente a relação entre a bancada evangélica e o governo Lula, além de impactar futuras articulações políticas dentro do congresso nacional.

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