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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu que sua esposa, Michelle Bolsonaro, poderá ser a candidata da direita à Presidência da República em 2026. A proposta surge como alternativa caso ele não consiga reverter sua inelegibilidade, que se estende até 2030. Bolsonaro afirmou que, para a candidatura ser viável, precisaria estar garantida sua nomeação como ministro da Casa Civil, função estratégica para gerenciar o governo.
Michelle Bolsonaro ganhou maior visibilidade política ao representar o ex-presidente na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro de 2025. Bolsonaro destacou o impacto positivo dessa participação, que, segundo ele, aumentará a popularidade de Michelle. Ele também citou pesquisas recentes que a colocam próxima do ex-presidente Lula dentro da margem de erro, reforçando sua viabilidade eleitoral.
Entenda a inelegibilidade de Bolsonaro
Bolsonaro está inelegível desde 2023, após ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois processos distintos. A primeira condenação, por abuso de poder político, ocorreu após Bolsonaro atacar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores estrangeiros. O segundo processo, também por abuso de poder político e econômico, foi referente às comemorações do Bicentenário da Independência em 2022, utilizadas para promoção pessoal e política.
Embora tenha entrado com recursos na Justiça, Bolsonaro busca alternativas para continuar influenciando o cenário político brasileiro. A candidatura de Michelle seria sua principal aposta caso não consiga reverter as decisões que o tornam inelegível.
Comentários sobre a política de imigração de Donald Trump
Bolsonaro também comentou sobre a política de imigração adotada por Donald Trump, defendendo que imigrantes ilegais busquem meios legais para permanecer no país. Ele comparou a situação nos Estados Unidos com invasões de terras pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil, enfatizando que "quem quer ir para lá deve buscar uma maneira legal". Bolsonaro demonstrou apoio às medidas mais rígidas de Trump, afirmando que ele faria o mesmo se estivesse no lugar do ex-presidente americano.
Possibilidade de prisão e críticas ao STF
Indiciado em três investigações conduzidas pela Polícia Federal tentativa de golpe de Estado, fraude em cartões de vacinação e venda de joias recebidas como presente, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que, atualmente, qualquer pessoa pode ser presa injustamente e questionou: "É justa a possível punição contra mim? Que golpe?"
