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POLÍTICA

Brasil recebe míssil israelense Spike LR

Com o objetivo de equipar suas primeiras tropas especializadas em combate antitanque, pouco antes das próximas eleições na Venezuela

Imagem ilustrativa da imagem Brasil recebe míssil israelense Spike LR

A parceria militar entre Brasil e Israel tem se desenvolvido ao longo das décadas, com um aumento significativo na cooperação nos últimos anos. O Brasil tem buscado modernizar suas forças armadas, e Israel, conhecido por sua indústria de defesa avançada, tem sido um parceiro importante nesse processo. A colaboração inclui não apenas a aquisição de equipamentos militares, mas também transferência de tecnologia e treinamento conjunto. Um marco importante nessa relação foi a assinatura do Acordo de Livre Comércio entre Israel e o MERCOSUL em 2007, que entrou em vigor bilateralmente para Brasil e Israel em 2010, facilitando o comércio de bens e a cooperação tecnológica, incluindo no setor de defesa. Essa parceria tem gerado controvérsias, com organizações como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) exigindo o fim da cooperação militar entre os dois países, citando preocupações com os direitos humanos.

O recebimento dos mísseis Spike LR2 representa um significativo aumento na capacidade anticarro do Exército Brasileiro. Estes mísseis de 5ª geração, com guiagem eletro-óptica e alcance máximo de 5.000 metros, oferecem uma vantagem tática considerável, especialmente diante das ameaças potenciais na região fronteiriça com a Venezuela. A aquisição de 100 unidades, juntamente com 10 lançadores e sistemas de treinamento, por US$ 19.023.200,00, fortalece a defesa nacional, particularmente contra blindados como os T-72 e BMP-3 russos do lado venezuelano. Este armamento, que pode ser operado por infantaria ou veículos, aumenta significativamente a capacidade de resposta do Brasil a possíveis incursões, elevando o poder dissuasório das forças armadas brasileiras na região amazônica.

Situação política na Venezuela permanece tensa e complexa, com o país enfrentando uma crise multifacetada que se estende desde 2013. Sob o governo de Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, a Venezuela experimentou uma guinada autoritária, com erosão das instituições democráticas e violações de direitos humanos. A legitimidade do governo Maduro é contestada internacionalmente, com Juan Guaidó disputando a presidência. A crise econômica, marcada por hiperinflação e escassez de produtos básicos, levou a um êxodo massivo de venezuelanos, embora recentemente tenha havido uma leve melhora econômica e um saldo migratório positivo pela primeira vez em 20 anos. A influência externa é significativa, com os Estados Unidos e aliados regionais pressionando por mudanças políticas, enquanto países como Rússia e China mantêm apoio ao regime de Maduro. As próximas eleições, previstas para 2024, são vistas como um possível ponto de virada, mas permanecem dúvidas sobre sua legitimidade e transparência.

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